Mobilização

Grito dos Excluídos mobiliza movimentos sociais e políticos no Centro do Recife

Evento está em sua 24º edição e trouxe a desigualdade social como tema central

Publicado em: 07/09/2018 13:14 | Atualizado em: 07/09/2018 13:36

Mobilização saiu da Praça do Derby e circulou por toda a Avenida Conde da Boa Vista. Foto: Paulo Paiva/DP

Reunidos sob o tema Desigualdade gera violência: basta de privilégios!, militantes de diversos campos participaram nesta sexta-feira do 24º Grito dos Excluídos. A concentração teve como ponto de partida a Praça do Derby, de onde os manifestantes saíram, por volta das 11h, em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista, até os arredores da Avenida Guararapes, Centro do Recife, de onde o grupo promoveu um abraço simbólico no rio Capibaribe.  

Entre discursos e apresentações culturais no trio elétrico, o Grito reuniu um público engajado, com participantes de origens tão diversas quanto a Congregação Beneditinas Missionárias de Tutzing, de Olinda, e Coletivo Democracia Santacruzense, formado por torcedores do Santa Cruz.
O autônomo José Bezerra (centro) partipa do evento fantasiado do ex-presidente petista. Foto: Paulo Paiva/Divulgação

"É um grupo resistente, que vem se mantendo ao longo de mais de duas décadas, cada vez mais desafiado, em uma conjuntura cada vez mais desfavorável para a classe trabalhadora, para o povo brasileiro", avalia uma das coordenadoras do evento, Sandra Gomes. "É importantíssimo continuarmos nas ruas gritando por direitos, por cidadania, por liberdade”, acrescenta. Além da participação de movimentos sociais, instituições religiosas e centrais sindicais, o evento contou com grande presença de políticos e da militância de partidos, movimento natural em ano de eleições.

Sandra Gomes comenta que, a despeito da participação de candidatos e do alinhamento político à esquerda, o Grito dos Excluídos é apartidário. PSTU, PSOL e PT foram as siglas em maior evidência na manifestação. Os militantes foram orientados pela organização para que se mantivessem no fim do cortejo.

Outra frente que engrossou as fileiras da caminhada foram os membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O agricultor Romel Messias da Silva, da Ocupação Antônio Nascimento, em Jaboatão dos Guararapes, diz participar há anos do Grito dos Excluídos. "É uma batalha que temos enfrentado, o Brasil está passando por dificuldades", diz, citando a prisão de Lula como um dos motivos para protestar nesta edição.

"Temos o nosso candidato e, hoje, ele se encontra preso. Estamos aqui lutando por Lula livre”, reforça. Como Romel, outros tantos protestavam contra a prisão do ex-presidente, com camisas e bandeiras com o nome do petista.
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