Investigação

Polícia diz que morte de vereador de Igarassu teve um mandante

Já foi identificou a pessoa que intermediou o crime e contratou os dois executores. Seria pago R$ 30 mil pela morte

Publicado em: 12/06/2018 12:18 | Atualizado em: 12/06/2018 12:30

Delegados Abraão Didier e Magno Feitosa, que investigam o caso. Foto: Polícia Civi/Divulgação

Vinte e oito dias após o assassinato do vereador de Igarassu, Luiz Cavalcanti dos Passos, a Polícia Civil de Pernambuco apresentou nesta terça-feira (12) o resultado da investigação sobre o crime. Quatro pessoas estariam envolvida diretamente com o homicídio. Segundo a Polícia, há um mandante, um agenciador e dois executores, que já foram presos em flagrante. O homem que intermediou o crime foi identificado como Cleydson Henrique Morais Monteiro, conhecido como Playboy. A Polícia, agora, está atras da pessoa que contratou esse homem para matar o parlamentar. O crime teria sido encomendado por R$ 30 mil. 

De acordo com o delegado Abraão Didier, responsável pelo caso, o inquérito já foi finalizado com a identificação de três dos envolvidos e encaminhado à Justiça e ao Ministério Público de Pernambuco. "As razões que motivaram o assassinato ainda não podemos afirmar para não atrapalhar o restante da investigação. Mas sabemos pela Polícia Militar, que os dois homens presos receberiam R$ 15 mil pela execução. O terceiro contratado ficaria com R$ 10 mil e a quarta pessoa com R$ 5 mil", comentou. 

Segundo Didier, os dois homens presos declararam em depoimento que participaram do crime por conta do dinheiro. "Falta delinear é quem contratou, quem pagou e qual o motivo", observou. Cleydson Henrique, conhecido como Playboy, teve prisão decretada e está sendo procurado pela polícia. Ele já respondia, inclusive por outros homicídios. O delegado explicou que ele ficou responsável por estudar a rotina do vereador e por contratar outra pessoa para cometer o crime. 

A terceira pessoa, segundo as investigações, seria Abraão Francisco da Silva, 34, que foi preso logo após o crime, juntamente com Edvaldo Alves da Silva, 24. Edvaldo estava foragido do presídio de Canhotinho e foi convidado por Abraão para atirar na vítima. Ele também pilotou o veículo da vítima até o local da execução. Segundo o delegado Didier, dias antes do assassinato, Edvaldo teria rompido a tornozeleira eletrônica que usava para monitoramento de presos. 

A Polícia acredita que o mandante terceirizou o crime com a intenção de dificultar a identificação da autoria. "Simularam um sequestro. O vereador, inclusive enquanto manteve contato com os criminosos, chegou a oferecer dinheiro para eles o soltarem. Os dois envolvidos presos disseram que o parlamentar teria oferecido o dobro para soltar ele. Mas eles estavam contratados para matar", falou o delegado adjunto Magno Feitosa, que também acompanhou as investigações.    

O vereador Luiz Cavalcanti dos Passos foi sequestrado, quando saia de casa, em Igarassu,  e assassinado no dia 16 de maio, nas terras da Usina São José, em Goiana, na Mata Norte. O carro da vítima foi localizado por policiais militares logo após o crime. Dentro do veículo, os pms apreenderam um revólver calibre 38 com três munições. Os dois suspeitos foram presos em seguida. Luiz Cavalcanti deixou esposa, sete filhos e seis netos.
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