Crime

Polícia prende dois suspeitos de atear fogo em ônibus no Janga

Um adolescente de 16 anos e um homem de 18 anos foram reconhecidos pelo motorista e pelo cobrador do coletivo

Publicado em: 31/05/2018 08:15 | Atualizado em: 31/05/2018 21:23

Os suspeitos são um adolescente de 16 anos e um homem de 18. Foto: Facebook/Reprodução
A Polícia Civil prendeu um homem, apreendeu um adolescente e procura por outros integrantes do grupo envolvido no incêndio de um ônibus da empresa Itamaracá que fazia a linha Pau Amarelo-Terminal Integrado Pelópidas da Silveira, na noite da terça-feira, na Estrada de Manepá, no Janga, em Paulista. A prisão foi realizada pela equipe da Delegacia do Janga na manhã da quarta-feira e os detalhes foram revelados ontem pelo delegado Alvaro Porpino. 

Segundo o delegado Alvaro Porpino, os responsáveis pelo incêndio foram Victor Hugo João Ottoni, 18 anos, e um adolescente de 16 anos, que foram reconhecidos pelo motorista do veículo e por testemunhas que estiveram na Delegacia do Janga. As investigações foram iniciadas na noite da terça-feira e a captura dos dois ocorreram na manhã da quarta-feira, quando o adolescente confessou a participação no incêndio enquanto Vitor Hugo confirmou que esteve presente no local onde ocorreu o bloqueio em que o ônibus foi parado, disse o delegado. 

As investigações da equipe da Delegacia do Janga indicam que não ocorreu nenhum protesto quando o ônibus foi incendiado. “Na verdade eles estavam alí com o propósito de praticar o vandalismo, causar o medo dos moradores da região”, garante Alvaro Porpino. Ao perceber o protesto com fogo, o motorista, que teve o nome preservado, parou o ônibus e começou a realizar uma manobra para não passar pelo local, mas percebeu que cerca de pessoas começaram a andar em direção ao veículo, um deles armado com revólver, e os demais segurando pedaços de madeiras e tochas. Segundo o delegado, o homem com  revólver abordou e ameaçou o motorista,determinando que desocupasse o coletivo, juntamente com os cerca de vinte passageiros e o cobrador. 

Após todos desembarcarem, testemunhas acompanharam quando Vitor Hugo teria ateado fogo nos pneus e, junto com o adolescente, passaram a lançar os pedaços de pneus incendiados dentro do veículo, que rapidamente se alastrou e destruiu o ônibus. O incêndio causou apreensão porque outro ônibus, alguns carros e as pessoas estavam próximos. Na delegacia, embora tenha confessado participação no incêndio, o adolescente não sabia informar o motivo do suposto protesto, como também Vitor Hugo, que assumiu apenas ter estado presente no local. 

Para Alvaro Porpino, o dolo na prática do crime do incêndio ficou evidente e Vitor Hugo foi autuado e teve a prisão em flagrante convertida em audiência de custódia em prisão preventiva pelos crimes de incêndio, ameaça e corrupção de menor e encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. O adolescente foi autuado por atos infracionais de incêndio e ameaça e encaminhado para a Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). 

 

 

 

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