Ambiente

O novo protagonismo a partir do Rio Capibaribe

A área de intervenção envolve mais de um terço da cidade e abrange 35 bairros, que vão gradualmente se transformar em bairros-parque

Publicado em: 12/03/2018 07:55 | Atualizado em: 12/03/2018 08:03

André Monteiro vai com os filhos ao Jardim do Baobá, novo espaço de convivência . Foto: Julio Jacobina/DP  (Foto: Julio Jacobina/DP )
André Monteiro vai com os filhos ao Jardim do Baobá, novo espaço de convivência . Foto: Julio Jacobina/DP (Foto: Julio Jacobina/DP )


O Jardim do Baobá, na Zona Norte do Recife, foi o primeiro exemplo do que o Parque Capibaribe promete ser para a cidade. Pensado para reaproximar a população do Rio Capibaribe, o projeto faz parte de um objetivo maior, que é o de transformar o Recife em uma cidade-parque, visando elevar a taxa de área verde pública, que hoje é de 1,2 m2 por habitante para 20 m2 por recifense em 2037, quando o Recife completa 500 anos. 

A área de intervenção envolve mais de um terço da cidade e abrange 35 bairros, que vão gradualmente se transformar em bairros-parque, atingindo 400 mil habitantes do Recife. Esse é o projeto de cidade do século 21. Seu cuidado caberá tanto às futuras gestões municipais, mas também à população. O professor de artes e artista plástico André Monteiro, 57, faz questão de mostrar a cidade de hoje e conscientizar os filhos sobre o futuro. “Os espaços públicos são fundamentais para a comunidade e para a conscientização deles sobre meio ambiente e outros temas. Gostamos de frequentar o Jardim do Baobá por ser um dos poucos espaços da cidade com acesso direto ao rio”, diz. “Gosto de ver os passarinhos”, opina Rafael Monteiro, 4 anos. “E os caranguejos”, completa a irmã, Luiza, 14 anos. 

Para o conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU) Roberto Salomão, o Parque Capibaribe é uma forma de a cidade ser refundada e repensada. “Acima de tudo, a gente às vezes tem que pensar em recriar a cidade a partir da sua história. Nesse aspecto, no Recife, é preciso ver a importância que o nosso rio tem para a definição do traçado do nosso território. Daí a importância de um projeto como o do Parque Capibaribe. A partir dele se refundar e repensar a cidade”, pontua.
 

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