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Templo Fechada há dois anos e meio, Igreja de Santo Antônio deve ser entregue em 2018

Por: Ana Paula Neiva - Diário de Pernambuco

Publicado em: 13/06/2017 08:00 Atualizado em: 13/06/2017 08:44

Fechada há dois anos e meio, Igreja de Santo Antônio deve ser entregue no fim do ano. Foto: Marlon Diego/Esp.DP
Fechada há dois anos e meio, Igreja de Santo Antônio deve ser entregue no fim do ano. Foto: Marlon Diego/Esp.DP
A comunidade católica festeja hoje um de  seus nomes mais queridos e populares. Nascido em Portugal, no ano de 1195, Santo Antônio é lembrado sobretudo como casamenteiro, mas também é considerado protetor dos pobres e dos animais, e ajuda as pessoas a encontrar objetos perdidos.

Um dos templos construídos em homenagem a ele no estado, a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio, situada na Rua do Imperador, no Centro do Recife, está fechada há dois anos e meio para reforma. As missas acontecem num salão improvisado numa das laterais.

A restauração contempla obras de engenharia, que inclui reformas nas instalações elétrica e hidráulica, além de iluminação interna e externa. Segundo a Assessoria de Comunicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a reforma da matriz está entre as oito ações selecionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, com mais de R$ 78 milhões em investimentos. No ano passado, houve uma diminuição de fluxo financeiro no programa, que originou atrasos. Mas agora, a obra está em andamento e tem previsão para ser finalizada em abril do próximo ano.

A igreja fica em frente a Praça da Independência. Em estilo barroco colonial, do século 18, a matriz teve sua construção iniciada em 1753 e concluída em 1790. A obra iniciada no fim de 2014, tinha previsão inicial para ser concluída em julho de 2015.

No local onde o templo foi erguido existiam, anteriormente, trincheiras de invasores holandeses e a Casa de Pólvora. No ano de 1752, a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Matriz do Corpo decidiu adquirir o terreno e construir uma igreja medindo 100 palmos de comprimento por 50 de largura.
Em seu altar principal, há um trono, onde fica um crucifixo ladeado por nichos com imagens de Santo Antônio e do mártir São Sebastião, além de um sacrário que abriga o Santíssimo Sacramento. Este último já foi recuperado. O altar-mor é composto de várias talhas douradas no estilo rococó. Um enorme lustre de cristal fica pendurado no centro da nave, cujo forro é decorado com painéis de Sebastião da Silva Torres, famoso pintor sacro do século 19.

A torre é revestida de azulejos. No lado Norte, está um relógio de origem alemã. A pintura e a douração da igreja foram realizadas por Manuel de Jesus Pinto, de 1790 a 1805. No altar do consistório, há um painel do Espírito Santo, uma obra do mesmo autor. A matriz abriga ainda um cemitério onde estão sepultados corpos decepados dos insurretos da Revolução Pernambucana de 1817. Além desses, entre os túmulos, destacam-se os jazigos de Florismundo Marques Lins, o segundo barão de Utinga, e o de Jerônimo Vilela de Castro Tavares, poeta, político e jornalista.

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