Local Diario urbano: retirada de casas no entorno do Complexo do Curado é saída enônomica, mas não definitiva

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 27/05/2016 10:08 Atualizado em: 27/05/2016 11:16

A geografia do entorno do Complexo Prisional do Curado, em evidência neste instante com o projeto de retirada de centenas de famílias, deixa lições. Primeira, a de que se deve agir rigorosamente no controle urbano. Do contrário, arcaremos com gastos que poderiam ser evitáveis. Ou haveria outra explicação para, na menor das estimativas, o estado investir R$ 12 milhões em desapropriações? As casas dos arredores do complexo surgiram sob os olhos do poder público. Jamais se pode afirmar que a mudança geográfica foi invisível. Pode-se dizer sim que o traçado urbano nasceu a partir das falhas de vários governos. Outra lição é a de que não se pode dormir sobre o travesseiro de prisões superlotadas. E o complexo sofre desse mal há, no mínimo, uma década e meia. As consequências do problema estavam dentro dentro e fora do complexo e especialistas avisaram, há bastante tempo, ser preciso construir alternativas para essa panela de pressão. Em síntese, a retirada das famílias deve, diante da crise enfrentada pelo estado, ser a saída economicamente viável, mas possivelmente não a melhor e a definitiva.

Bocas de lobo
Na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, entre as ruas do Espinheiro e Amélia, bairro das Graças, os motoristas precisam não gostar da suspensão dos carros para enfrentar os desníveis das quase dez bocas de lobo.

Outra faixa
Os desníveis nesse trecho levam os motoristas a fugir da da faixa direita da Conselheiro Rosa e Silva. A faixa, de tão pouco concorrida em algumas horas, parece exclusiva para a circulação de ônibus e de veículos maiores.

Seta indicativa
O semáforo do cruzamento da Avenida Dr. Carlos Gueiros Leite com a Rua Djalma Dutra peca: falta seta de tempo exclusivo para os carros que pretendem, no sentido Recife/Paulista, dobrar para a Djalma Dutra.

Boa vontade
O giro à esquerda para quem segue da avenida para a Djalma Dutra depende da boa vontade de quem circula no sentido Paulista/Recife. A rua é acesso ao Conjunto Praia do Janga, onde residem cerca de cinco mil pessoas.

Atraso das bolsas
Chegou à Assembleia Legislativa as queixas das faculdades sobre o atraso, desde fevereiro, do pagamento das 7.916 bolsas do Proupe, programa do governo do estado. Esse diz que quitará o débito.

Festas milionárias
De cada duas queixas das prefeituras, uma é a crise econômica. Difícil é explicar municípios do Agreste, do Sertão e da Mata com festejos juninos milionários. Têm atrações a peso de ouro, a exemplo de Luan Santana.

Equipe…
A prefeitura, em resposta às denúncias de propagandas irregulares em postes e muros de Casa Amarela e Espinheiro, diz manter equipe exclusiva para identificar o problema no Recife. Multa pelo crime pode chegar a R$ 6,5 mil.

…Peças
Desigual é a tarefa da equipe de fiscalização de lambe-lambes, outdoors, faixas. Mesmo assim, em três anos, retirou-se 83 mil peças irregulares das ruas do Recife. É, grosso modo, a peleja do bombeiro com o fogo.

Feira do interior
Se estiver pisando pela primeira vez na entrada do Hospital das Clínicas, a pessoa terá dificuldade em identificar o lugar. O acesso mais parece uma feira livre dos municípios do interior em matéria de alimentos.

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