Reunião Após pedido de vista, votação do Novo Recife é adiada para dezembro Reunião do CDU não votou projeto, que voltará a ser analisado por integrantes do conselho

Publicado em: 27/11/2015 14:27 Atualizado em: 27/11/2015 16:45

Pedido de adiamento foi feito logo no início da reunião. Foto: Irandir Souza/PCR
Pedido de adiamento foi feito logo no início da reunião. Foto: Irandir Souza/PCR

A votação do projeto Novo Recife, que prevê a construção de 12 torres no Cais José Estelita, foi adiada e uma nova reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) marcada para o próximo dia 18 de dezembro. 

O pedido de adiamento foi feito logo no início da reunião, que aconteceu no prédio da Prefeitura do Recife nesta sexta-feira. O Clube de Engenharia, membro do conselho, pediu vista no projeto alegando que ficaria mais “confortável” se tivesse mais tempo para analisar o projeto. 

Mesmo com o adiamento da votação definido, o projeto foi apresentado para que ampliar o conhecimento dos envolvidos sobre o assunto. Mesmo do CDU, Arto Luna já deu parecer favorável ao projeto.
 
O Movimento Ocupe Estelita, que se opõe a realização do projeto, protestou durante toda a manhã no prédio da prefeitura. O movimento argumenta que trata-se de algo ruim para a cidade, que não atende as necessidades da população. Além disso, destaca a ilegalidade da aprovação. "Estão pendentes de julgamento as ações do Ministério Público Federal sobre o leilão e a aprovação do projeto pelo IPHAN, bem como também estão as ações do Ministério Público Estadual e a nossa, contra o Plano Urbanístico. O projeto é levado à aprovação pela prefeitura sem o estudo adequado dos seus impactos ambientais, urbanísticos e sociais e sem uma real discussão com a população", elencou o Ocupe Estelita. 

O grupo denuncia que não pôde participar da reunião e fala em uma "lista de convidados", o que fere o regimento interno do conselho. A assessoria de imprensa da prefeitura, no entanto, explicou que a entrada estava totalmente liberada, mas que a sala estava com a lotação completa e nem todos presentes conseguiram entrar. 

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Membro do Movimento Ocupe Estelita, Leonardo Cisneiros disse ter ouvido dos guardas do prédio que havia uma lista de convidados e que o movimento não estaria na lista, que ele pediu para ver e não teve acesso. “A gente gravou a conversa com os guardas que nos barraram na portaria, impediu nossa entrada. Pedimos para saber de onde veio a ordem para fechar o prédio e ele não disse. Pedimos para falar com a comissão de negociação e ninguém foi”, reclama.

Segundo Cisneiros, o movimento pretende acionar o Ministério Público. “Isso viola o princípio da administração pública. Queremos fazer uma representação no MP por causa do fechamento da prefeitura. Isso é grave, atrapalha outras pessoas”, afirma. 

No próximo dia 18, nova data da votação, o movimento já garante que marcará presença. “Enquanto houver uma investigação da Polícia Federal contra a venda do terreno, não faz sentido que nenhum projeto seja autorizado ali”, diz. 







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