Hoje Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas com blitze e palestras Este ano, apenas uma denúncia foi registrada em Pernambuco. O número pequeno de casos representa subnotificação

Publicado em: 30/07/2015 07:04 Atualizado em:

O Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas está sendo lembrado nestas quinta e sexta-feira em Pernambuco com uma série de ações. Hoje serão realizadas blitze na BR -101, km 90, pela manhã e à tarde na PE-60, na frente do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual. Em Ipojuca, também nos dois turnos, serão proferudas palestras sobre prevenção ao tráfico de Mulheres, na Escola Municipal Aderbal Jurema.

Na sexta, das 9h às 12h será realizada palestra para os usuários do Centro de Referência de Assistência Social de Campina do Barreto. Das 15h30 às 17h30, em Camela, Ipojuca, haverá palestra sobre prevenção ao Tráfico de Mulheres na Escola Municipal Luiz Nogueira.

 

O tráfico de pessoas continua invisível em Pernambuco. Este ano, apenas uma denúncia foi registrada no Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Pernambuco. No ano passado, não houve qualquer registro. O número pequeno de casos representa subnotificação, na opinião da própria chefia do núcleo. Além disso, justifica a promoção de campanhas como a Coração Azul, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e Ministério da Justiça.

O tráfico de pessoas continua invisível em Pernambuco. Este ano, apenas uma denúncia foi registrada no Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Pernambuco. No ano passado, não houve qualquer registro. O número pequeno de casos representa subnotificação, na opinião da própria chefia do núcleo e justifica a promoção de campanhas como a Coração Azul, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e Ministério da Justiça.

Segundo Jeanne de Souza, chefe do núcleo, os principais registros de tráfico de pessoas no estado são para fins de exploração sexual, trabalho escravo e tráfico de órgãos, como os casos revelados pela Operação Bisturi, da Polícia Federal, em 2003. “Atualmente, temos atuado mais com a prevenção nas escolas, conversando com alunos sobre as formas de tráfico”, explicou. O tráfico também acontece para adoção ilegal, servidão e serviços forçados.

Enquanto as pessoas não encontram coragem para denunciar, as campanhas buscam oferecer informações à sociedade sobre a questão social do tráfico de pessoas, para que possam se proteger. Um estudo feito em Pernambuco em 2008 apontava que o perfil das vítimas é parecido. Pessoas sem dinheiro e oportunidade de trabalhar ou estudar e que desejam melhorar de vida.
Em Pernambuco, o último caso conhecido é o de um angolano de 39 anos que chegou ao Brasil com a promessa de ser sócio de um restaurante. No país, encontrou trabalho ininterrupto, realizado sob ameaças e não remunerado. O drama do angolano é acompanhado até hoje pelo núcleo. Depois de passar um tempo abrigado na Casa de Passagem, no Espinheiro, ele partiu, há um mês, para atuar em um emprego na capital pernambucana. As denúncias podem ser feitas ao núcleo (3183.5067), ao Disque 100, ao Disque 180 ou ao Disque-Denúncia (3421.9595).



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