Recife e Olinda Mosteiro de São Bento revela seus segredos na série Tesouros Urbanos Reportagens vão desvendar locais fascinantes de Recife e de Olinda em homenagem ao aniversário das duas cidades, no dia 12 de março

Por: Anamaria Nascimento

Publicado em: 01/03/2015 10:12 Atualizado em: 01/03/2015 12:24


Mosteiro de São Bento é uma das instituições religiosas mais antigas de Olinda. Crédito: Paulo Paiva/DP/D.A Press (Paulo Paiva/DP/D.A.Press)
Mosteiro de São Bento é uma das instituições religiosas mais antigas de Olinda. Crédito: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Recife e Olinda escondem preciosidades sob os olhos de seus moradores, mas que permanecem quase invisíveis. No dia 12, a primogênita e Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, Olinda, completa 480 anos. A caçula e capital pernambucana, Recife, fará 478 anos. Em homenagem às cidades irmãs, o Diario publica a série Tesouros urbanos.

Desbravamos pontos turísticos pouco explorados pela população e revelamos o Recife e a Olinda que os próprios moradores desconhecem. Na primeira reportagem, mostraremos as belezas ocultas do Mosteiro de São Bento, em Olinda. Sua área inexplorada é tão silenciosa que nem parece estar no coração da cidade que sediou um carnaval. "Ser monge significa aquele que está só com Deus", diz dom João Cassiano. Desde 2003, ele vive na clausura e guiou o Diario pelas dependências inacessíveis ao público.

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O altar dourado
No segundo pavimento, há um oratório no coro superior, com um altar dourado, cadeiras e um órgão. Esse ambiente pode ser visto, mas não acessado pelos visitantes, pois seria preciso passar pelo claustro. Os monges portugueses rezavam em espaços como esse.

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O local público
A igreja anexa, a portaria do mosteiro e o pátio são os únicos locais acessados por visitantes. Em estilo barroco, o altar-mor da capela foi construído em cedro e é folheado a ouro. Chegou a ser desmontado e exposto no Museu Guggenheim, em 2002

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A sacristia e a arte
A imponente sacristia também é inacessível aos visitantes. É onde os sacerdotes se paramentam para as missas. A construção é do século 18 e contém várias obras de arte. Os afrescos do teto remontam passagens bíblicas. O piso e mobiliário são de cedro.

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O Cristo no altar
Ainda na sacristia, encontra-se uma escultura de Cristo no altar. A obra, de Frei Agostinho da Piedade, é um exemplar da arte erudita do Brasil. Ao frei, que era monge beneditino, são atribuídas 30 imagens de santos. A maior parte está no Museu de Arte Sacra da UFBA.

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O corredor do claustro
O tour pelas áreas inacessíveis aos turistas começa por um corredor do claustro, onde estão enterrados monges que ali viveram. “Fazemos um voto de estabilidade. Vamos ficar aqui até a morte”, diz dom João Cassiano.

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A placa de turma
Em 1828, passaram a funcionar, no mosteiro, os cursos jurídicos, que deram origem à Faculdade de Direito do Recife. Em 1852, os cursos foram transferidos para o antigo palácio dos governadores, na Ladeira do Varadouro. Uma placa de turma formada ali permanece no local.

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Os livros sagrados
A ampla biblioteca do Mosteiro de São Bento fica no primeiro andar do imóvel. Lá, é possível encontrar vários tipos de obras. Livros sagrados, dicionários e textos literários são consultados pelos monges, que têm horário de estudo determinado.

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