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IDOR: ciência do Brasil para o mundo

Com o apoio da Rede D'Or, instituto desponta como referência internacional e firma-se como um dos maiores centros de pesquisa da América Latina

Publicado em: 09/05/2025 07:00

Pesquisadores do IDOR, do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.  Na primeira fila, à direita, está Jennifer Doudna, vencedora do Prêmio Nobel
 (Foto: Divulgação)
Pesquisadores do IDOR, do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Na primeira fila, à direita, está Jennifer Doudna, vencedora do Prêmio Nobel (Foto: Divulgação)

 
O Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) é um bom exemplo de como a ciência e a pesquisa transformam a medicina. Fundado em 2010, o IDOR é uma instituição privada sem fins lucrativos, mantida pela Rede D'Or, e se consolidou como um dos centros mais proeminentes de pesquisa médica e inovação científica no mundo. 

O IDOR reúne mais de 100 pesquisadores, com cientistas renomados, e faz parceria com instituições e centros de pesquisa em mais de 80 países. Suas pesquisas resultaram em mais de 2.300 artigos científicos e o índice Field Weighted Citation Impact (FWCI), que mede a influência científica global, posiciona o IDOR (2,11) ao lado de conceituadas universidades e centros de pesquisa do mundo, como Harvard (2,08), MIT (2,28) e Stanford (2,23).
 
Financiamento e fomento para pesquisa e inovação 
 
A sinergia com a Rede D’Or proporciona ao IDOR um fluxo contínuo de dados, possibilitando estudos robustos e implementação de novas terapias. “A capacidade de integrar a pesquisa à prática médica é uma das forças de nossa instituição, permitindo que avanços científicos se traduzam rapidamente em melhores desfechos clínicos para os pacientes”, diz Fernanda Tovar-Moll, presidente do IDOR.

Recentemente, o IDOR teve dois projetos de pesquisa e inovação selecionados pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que tem impulsionado o IDOR. “O fomento tem sido captado também via outras fontes como Faperj, Fapesp, CNPq e Capes, e vindos de organizações internacionais como o Wellcome Trust, Okinawa Institute of Science and Technology e Bill and Melinda Gates Foundation”, pontua Luiz Eugênio Mello, diretor de Pesquisa e Inovação do IDOR.

Um dos projetos aprovados pela Finep é liderado pelo pesquisador Bruno Solano e visa o desenvolvimento de uma plataforma para a edição gênica utilizando a técnica ganhadora do prêmio Nobel de Química de 2020, a CRISPR/Cas9. Essa ferramenta funciona como uma "tesoura” molecular, permitindo que cientistas façam edições precisas na sequência do DNA, o que os permitirá corrigir genes que causam doenças.

A recente aprovação da primeira terapia de edição gênica com CRISPR para a anemia falciforme trouxe resultados clínicos impressionantes, porém, com custo aproximado de 2 milhões de dólares por paciente. “Em parceria com o Innovative Genomics Institute, liderado por uma das ganhadoras do Prêmio Nobel, Jennifer Doudna, estamos desenvolvendo um método inovador de entrega do CRISPR/Cas9, com o objetivo de reduzir custos e tornar essa terapia uma realidade para mais pessoas em todo o mundo”, comenta o pesquisador.

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