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Novas tecnologias estão disponíveis para tratamento de hiperplasia benigna

Publicado em: 24/04/2023 17:13

 (Foto: Pixabay)
Foto: Pixabay
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é o aumento cancerígeno benigno da glândula da prostata, parte do corpo que pode causar bastate dor de cabeça para os homens em determinada idade. 

Com a finalidade de alertar a população sobre o assunto, nos últimos anos o tratamento para a doença tem recebido diversas atualizações, tendo como resultado a melhora no combate ao crescimento da próstada. 

Principais métodos de tratamento

- HOLEP

O HoLEP, Enucleação da Próstata por Laser Holmium, é o novo procedimento que chegou ao Brasil. Pouco invasivo e sem cortes, é considerado um dos mais modernos do mundo para tratamento cirúrgico de Hiperplasia Prostática Benigna, mais conhecido por aumento benigno da próstata.

“A técnica permite o tratamento da HPB independentemente do tamanho da próstata, além de permitir o tratamento simultâneo de cálculos eventualmente presentes na bexiga. Excelentes resultados no curto e longo prazos, ao permitir a retirada completa do adenoma prostático, tornando a possibilidade de nova operação praticamente nula. Atualmente a técnica é recomendada pelos principais guias urológicos internacionais”, explicou o médico urologista, Luiz Henrique Araújo.

- THUFLEP

O ThufLEP, nome que vem do laser Thulium, também utilizado para enucleação da próstata, tem como vantagem um melhor controle do sangramento. Possui afinidade maior com a água, permitindo cirurgias com melhor controle de hemorragia, até mesmo em pacientes que não possam parar sua anticoagulação para o procedimento cirúrgico.

“O Thulium possibilita tratamento concomitante de outras doenças. Pode ser aplicado também no tratamento de cálculos urinários, como rins, ureter e bexiga”, detalhou Luiz.

- EMBOLIZAÇÃO PROSTÁTICA

A embolização das artérias prostáticas é um procedimento minimamente invasivo, que tem como objetivo proporcionar a melhora parcial ou total dos sintomas decorrentes da HPB. Este procedimento é relativamente novo, foi realizado pela primeira vez em 2008, porém sua eficácia já pôde ser comprovada através de diversos estudos clínicos realizados no mundo inteiro, inclusive no Brasil.

“Ela não necessita de internação, o paciente vai embora no mesmo dia. Pode ser feito apenas uma anestesia local, sem manipulação da uretra. Podem ser utilizadas para as próstatas de qualquer tamanho, contudo não tem a mesma eficácia da desobstrução cirúrgica”, disse Luiz Henrique.

- CIRURGIA ROBÓTICA

A cirurgia robótica também pode ser utilizada no tratamento de crescimento prostático benigno. É uma evolução da prostatectomia simples por via aberta e laparoscópica. “Ela pode ser resumida como a ‘evolução’ da cirurgia laparoscópica. O médico cirurgião utiliza um robô que permite visualizar os órgãos em alta definição e em três dimensões, bem como realizar movimentos delicados e mais precisos, tornando a cirurgia menos invasiva e mais eficiente”, falou o urologista.

- UROLIFIT

É uma técnica minimamente invasiva, que pode ser feita com o paciente em sedação ou até anestesia local para tratamento de próstatas não tão grande, até 80 gramas, que é utilizado, via uretral, grampos que fazem abrir o lúmen da uretra e desobstruir a próstata. Com isso, o paciente tem alívio dos sintomas.

“É feito para casos selecionados e tem a vantagem de ter alta no mesmo dia, além de preservar a ejaculação, um efeito que, nas cirurgias tradicionais, pode passar a ser retrógrado. Ou seja, o paciente tem a ereção normalmente, tem desejo sexual, mas o líquido seminal fica ausente nas técnicas tradicionais. No Urolift, consegue preservar a ejaculação”, explanou o médico.

-  REZUM

O Rezum é uma técnica mais recente, lançada nos Estados Unidos e está chegando ao Brasil em 2023. Ela tem a característica de aplicação de vapor de água na próstata, que faz reduzir o tamanho e também a desobstrução. É uma técnica também pouco invasiva para tratamento ambulatorial.

“Ela não é feita para todos os casos, mas em situações selecionadas com resultados satisfatórios. Está nos primeiros anos ainda e precisamos de alguns estudos para confirmar sua eficácia”, concluiu Luiz Henrique.

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