Opinião

Ary Avellar Diniz: Pais presentes: filhos alegres e felizes

Ary Avellar Diniz é diretor do Colégio Boa Viagem e da Faculdade Pernambucana de Saúde

Publicado em: 04/01/2018 07:15

O ser humano de bem com a vida e que almeja manter sua paz de espírito resigna-se, naturalmente, a afastar de dentro de si as coisas más e prejudiciais, susceptíveis de o afetar. Pensamento sempre positivo, desejando o bem sem olhar a quem.

Se se atinge esse estágio de controle emocional, o caminho, à frente, encontra-se aberto em prol da educação dos filhos, de maneira cuidadosa e responsável, ainda que a criança se encontre em estado gestacional.

Pais tranquilos, filhos felizes.

A felicidade da criança se mede, às claras, pelo seu sorriso. E quão bonito é o sorriso de uma criança!

Pelé foi oportuno ao realizar o seu milésimo gol, oferecendo-o depois às crianças do Brasil, com a intenção de torná-las alegres e felizes.

Além dos pais, a escola também é responsável por aplicar, quotidianamente, doses de afetividade e amor ao educando, considerados elementos facilitadores na aprendizagem do aluno: mente fresca, assimilação fácil.

Interagindo escola e família, o objetivo educacional mais facilmente se torna exitoso.

O acompanhamento cuidadoso do crescimento da criança, que está sempre com a percepção aguçada, há de ser sistemático e de espontâneo comprometimento, pois, em todo processo, devem sempre andar irmanados a curiosidade, o fascínio e a sedução.

Cientistas pedagogos nos Estados Unidos criaram um processo relacionado à aprendizagem do aluno, denominado FasTracKids, e constataram que a criança até os nove anos de idade atinge maior potencial de assimilação das informações recebidas, em comparação com os demais anos de vida.

— Todo cuidado é pouco: qualquer momento de atrito familiar dos pais pode tornar-se prejudicial à criança. Até o cãozinho da casa sente a menor manifestação de desprezo que lhe for devotada. E ninguém afetado em seu emocional é feliz e alegre completamente.

Prosseguindo nas fases, e atingindo a adolescência e a maturidade, conclui-se que a árvore bem-aguada e podada dá bons frutos. De modo análogo acontece com o crescimento da criança.

O tempo é implacável. A vida é efêmera. 

Futuramente, o mesmo ciclo educacional será repetido. Toda essa responsabilidade que os pais tiveram com os filhos passa para os filhos, que se tornam pais, os novos pais… E como é gostoso ver no celular o netinho brincando, mostrando seus dentinhos, dentro de uma gargalhada salutar. Brincando pessoalmente, vis-à-vis, avós e netos, ainda é mais aconchegante.

E assim a vida continua.

Nunca é tarde para se redimir das falhas educacionais cometidas, procurando recordar-se das palavras de Cícero: “Qualquer pessoa pode errar; mas ninguém que não seja tolo persiste no erro”.

Qualquer falha cometida na criação ou educação dos filhos é digna de ser avaliada e revertida para o bem. Esqueçam os antepassados que assim não procederam e pecaram na educação dos seus sucessores. Nada justifica permanecer no erro: tudo pode ser mudado. E não esquecer: “A vida é efêmera”. A criança merece esboçar um sorriso e transmitir felicidade.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL