JUSTIÇA

Presidente da Câmara Municipal de Timbaúba é condenado a mais de 12 anos reclusão

Josinaldo Barbosa formava organização criminosa com vereador Felipe Ferreira Lima e outros oito servidores da Casa, envolvidos em esquema de desvio de dinheiro

Publicado em: 18/05/2024 05:15 | Atualizado em: 16/05/2024 20:43

Josinaldo Barbosa foi afastado da presidência da Câmara Municipal após envolvimento em "rachadinha" (Reprodução)
Josinaldo Barbosa foi afastado da presidência da Câmara Municipal após envolvimento em "rachadinha" (Reprodução)
O presidente da Câmara Municipal de Timbaúba, Josinaldo Barbosa (PTB), o vereador Felipe Ferreira Lima (Cidadania), e mais oito servidores da Casa foram condenados na Justiça por prática de corrupção passiva, peculato e formação de organização criminosa no período de 2019 a 2022.

De acordo com a documentação, os dez“integraram organização criminosa, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de desviar dinheiro público e obter, direta e indiretamente, vantagens indevidas de natureza financeira oriunda da Câmara Municipal de Vereadores em Timbaúba.”

“Não só a verba indenizatória de realização de serviço extraordinário era desviada dos cofres públicos para suposto pagamento indevido aos funcionários da casa legislativa, mas, na verdade, todo este valor era ilicitamente repassado ao então presidente da câmara, Josinaldo Barbosa de Araújo, e ao vereador Felipe Gomes Ferreira Lima”, revela a investigação.

Barbosa, afastado de sua função à frente da Câmara dos Vereadores, recebeu sentença de doze anos, cinco meses e dois dias de reclusão em regime fechado, a maior do grupo. Felipe foi condenado a nove anos, sete meses e cinco dias, juntamente com o tesoureiro da Casa, Jessé de Andrade Queiroz. O trio é compreendido como os líderes da organização.

“Todos em concurso de pessoas, desviaram, em benefício próprio e alheio, de valores da Câmara Municipal de Vereadores de Timbaúba/PE referente ao pagamento de salários e de verbas indenizatórias de servidores comissionados (horas extras)”, diz o texto sobre a atuação do trio.

Os demais envolvidos condenados, os servidores Aline Brito de Miranda Lima, Selma Lucia da Silva, Ana Carolina Melo Sena Rocha, Elaine Cristina Barbosa da Silva, Mario Luiz Porto de Lucena, Augusto César Teixeira Caldas Filho e Jefferson Araújo Gomes foram sentenciados a seis anos e dez meses em regime semiaberto.

O funcionário Elias de Araújo Rocha Neto e o empresário Hoosemberg José dos Santos foram absolvidos das acusações.
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