Operação Turbulência PF começa análise dos bens de empresário achado morto em motel Sindicato dos Policiais Civis e deputado Edilson Silva pediram a federalização das investigações

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/06/2016 07:16 Atualizado em: 28/06/2016 08:30

A investigação se focará principalmente os aparelhos de mídias e eletrônicos (pendrives, anotações, celulares). Foto: PF/Divulgação
A investigação se focará principalmente os aparelhos de mídias e eletrônicos (pendrives, anotações, celulares). Foto: PF/Divulgação

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal apresenta os pertences do empresário Paulo Cesar Barros Morato, alvo de Operação Turbulência encontrado morto no Motel Ti-ti-ti, em Olinda, na quarta-feira passada. O material foi entregue ontem pela Polícia Civil. São produtos de higiene pessoal, chaves de imóveis, cadernos com anotações, óculos, documentos pessoais, relógios, envelopes de depósitos bancários, oito pen drives e três aparelhos celulares.

Todo o material recebido passará por análise e será feita uma triagem dos bens. A investigação se focará principalmente os aparelhos de mídias e eletrônicos (pendrives, anotações e celulares). O restante deve ser entregue à família de Morato. O veículo utilizado pelo empresário, um Jeep Renegade, ainda não foi repassado à PF.

"Esses cheques, os depósitos em contas bancárias podem indicar novos nomes a serem investigados. Tudo é possível. Essas novas informações pode abrir uma nova frente de investigação. A Polícia Federal vai aguardar o que vai acontecer com as investigações da Polícia Civil. Caso seja comprovado o suicpidio ou morte natural não haverá razão para federalização. Já se houver a conotação de uma queima de arquivo, será analisada tecnicamente essa federalização", explicou esta manhã o assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro.

Em nota à imprensa, a Polícia Federal afirmou que continua acompanhando às investigações sobre o caso e aguarda às conclusões das perícias que possam apontar as reais causas da morte do empresário. Caso seja constatada alguma circunstância que aponte uma ligação com os fatos que estão sendo apurados na operação Turbulência a PF poderá entrar no caso. Ontem, após denúncias de que peritos papiloscopistas teriam sido impedidos de realizar perícia no local do crime, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) pediu a federalização das investigações sobre a morte do empresário. O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também acionou o Ministério Público Federal (MPF) para que decida sobre a necessidade de federalização do caso.

Em nota, a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) cobrou esclarecimentos sobre os procedimentos envolvendo as investigações. Os parlamentares decidiram apresentar um pedido de informações ao Governo do Estado para que se esclareça os procedimentos adotados e pedir ao Ministério Público de Pernambuco que avalie a investigação.

De acordo com o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder do grupo, é preciso que todos os atos sejam esclarecidos para que não pairem dúvidas sobre o que aconteceu com o empresário. "Há muita coisa a ser esclarecida, como o motivo que levou a SDS a cancelar a perícia papiloscópica ou à liberação do quarto do motel antes da conclusão da autópsia no corpo do empresário. No mínimo, houve falhas no rito das investigações, o que precisa ser revisto pela SDS", avaliou.




MAIS NOTÍCIAS DO CANAL