Por: Júlia Schiaffarino
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 09/05/2016 16:36 Atualizado em: 09/05/2016 16:55
O líder do governo no Senado, o pernambucano Humberto Costa (PT), comemorou a decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP), de anular a votação do processo de impeachment na Casa. “A decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados mostra aquilo que sempre defendemos: que o processo está viciado desde o início pela influência do sr. Eduardo Cunha”, disse.
De acordo com a assessoria, o senador deve voltar a se pronunciar sobre o assunto até o final do dia. Neste momento o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) está reunido com líderes partidários na residência oficial para decidir se acata a decisão de Maranhão e devolve o processo à Câmara, ou se dá prosseguimento à análise do processo de impeachment e leva o texto para votação na próxima semana, conforme previsto previamente.
Ilegalidade e desrespeito
Enquanto isso, alguns partidos como o DEM, o PPS e o Solidariedade se organizam para ingressar no Supremo Tribunal Federal com mandatos de segurança para anular a decisão de Waldir Maranhão. Integrante do Solidariedade, o deputado Augusto Coutinho ressaltou que toda e qualquer decisão do plenário da Câmara é soberana e o processo já havia passado por votação, tendo obtido maioria constitucional para seguir para o Senado.
"Não vejo nenhum respaldo jurídico ou regimental para isso, afinal foi o próprio Supremo Tribuna Federal quem definiu o rito para todo o processo de impeachment, como também, toda decisão do plenário da Câmara é soberana. De forma que eu acho que essa decisão não proposta e se Deus quiser na quarta-feira vamos ver o PT deixando o comando do Brasil e essa organização criminosa ficar longe de todos nós brasileiros", declarou Coutinho. Ele, assim como vários outros deputados foram pegos de surpresa. Coutinho é um dos parlamentares que está em Recife ainda tentando embarcar para Brasília.