Projeto de lei
Produtores apoiam fim do open bar no estado
Em reunião com o deputado Cleiton Collins, empresários debateram o fim da bebida livre em festas e a regulamentação das raves em Pernambuco
Por: Thiago Neuenschwander - Diario de Pernambuco
Publicado em: 05/03/2015 17:10 Atualizado em: 05/03/2015 18:21
Cleiton Collins recebeu produtores na Assembleia Legislativa (Foto: Thiago Neuenschwander/DP/D.A. Press) |
Durante o debate, os empresários colocaram que o modelo de evento com open bar, onde o preço da entrada dá direito a bebida livre, só não foi extinto ainda por conta da concorrência. Os empresários argumentaram ainda que esse tipo de festa gera mais riscos e os problemas, invariavelmente, recaem sobre os responsáveis pela realização. "Na questão financeira, não muda muita coisa, haveria uma readaptação. Mas no que diz respeito à segurança, apesar de a gente já disponibilizar o triplo do necessário, sempre há riscos. Há muita bebedeira, algumas pessoas querem consumir o limite e isso termina sendo perigoso", ponderou o produtor Bruno Rêgo, da BG Promoções.
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Quando o tema foi o projeto de lei que regulamenta as raves em Pernambuco, os empresários apontaram uma série de pontos no texto, que, segundo eles, inviabilizaria a realização dos eventos. "Nós temos que focar nas questões de segurança. Há uma série de pontos que precisam ser revistos. A questão do limite do tempo de dez horas, por exemplo. Há festas em outros locais do mundo que duram três dias e há toda uma cultura de que as pessoas vão, acampam e curtem as apresentações nos vários palcos. Outro ponto: a questão do número de seguranças. Um para cada 20 pessoas não é viável. Não existe histórico de violência nesses eventos. Um número de um para 50 seria mais plausível", afirmou o produtor Eduardo Trajano, da Liquid Sky. Outros pontos questionados foram a instalação de equipamentos detectores de metal, a realização de testes de drogas, a apresentação da declaração de impostos de renda dos responsáveis e a declaração da procedência da verba para a realização das festas. Pediram também que as medidas não se apliquem apenas às raves, mas que se estendam a outros tipos de festa.
O pastor Cleiton Collins se disse satisfeito com o debate e prometeu realizar uma série de consultas técnicas para embasar melhor os dois projetos. Também pediu que os produtores elaborassem um documento pontuando todas as mudanças que julgam importantes para os projetos para que possam debater novamente durante a reunião da Comissão de Direitos Humanos na próxima semana. O projeto de lei nº 40/2015, que pede a regulamentação das raves foi baseado em um outro projeto do estado de São Paulo, de autoria do deputado Fernando Capez (PSDB-SP).
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