TARIFAS
EUA e China vão iniciar conversações sobre as tarifas
Desde o início de abril, Trump aplicou taxas alfandegárias à China, que foram subindo até aos 145%Publicado em: 02/05/2025 17:50
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Donald Trump (à esq.) e Xi Jinping (à dir.) (foto: Nicolas Asfouri/AFP ) |
A China e os Estados Unidos irão se sentar à mesa das negociações devido a guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, revelou o secretário de estado norte-americano, Marco Rubio. Em entrevista à televisão Fox News, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos adiantou que as conversações devem começar em breve.
Para além de Washington, a China também confirmou hoje que está a avaliar uma proposta de negociação apresentada pelos EUA para que os dois países comecem a discutir as tarifas à importação de produtos.
"Os Estados Unidos tomaram recentemente a iniciativa, em diversas ocasiões, de transmitir informações à China, afirmando que esperam discutir com Pequim", disse o Ministério do Comércio chinês.
Esta foi a primeira vez que a China reconheceu publicamente a existência de contatos sobre os Estados Unidos sobre as tarifas. Entretanto, Pequim avisou Washington que o país precisa corrigir as suas más práticas antes de poder iniciar negociações sobre a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. "Se os Estados Unidos quiserem conversar, devem mostrar a sua sinceridade ao fazê-lo, estar dispostos a corrigir as suas práticas erradas e cancelar tarifas unilaterais, e tomar medidas", acrescentou o Ministério do Comércio chinês.
Desde o início de abril, que Trump aplicou taxas alfandegárias à China, que foram subindo até aos 145%. Pequim, pó sua vez, retaliou com tarifas de 125% aos produtos norte-americanos.
Há semanas que Trump insiste que os EUA estavam em conversações diretas com a China para resolver a guerra tarifária e disse até que falou com o líder chinês Xi Jinping sobre o assunto, algo que Pequim negou por completo. "Espero que cheguemos a um acordo com a China. Estamos nos falando", disse Trump, na quarta-feira, durante uma reunião com o seu gabinete na Casa Branca.
O líder norte-americano ainda garantiu que a China está sendo duramente atingida pelas tarifas impostas às importações chinesas, mas que não querer que o país sofra por gostar muito do presidente Xi Jinping.