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Empresa multiplica investimentos em Suape

Publicado em: 23/03/2019 11:00 | Atualizado em: 21/03/2019 17:46

Perboni, diretor de manufatura do grupo no Brasil, destaca 
que a planta de Suape é "uma das melhores das 26 que 
temos na América Latina". Foto: Mandy Oliver/Esp.DP foto

Depois de quadruplicar os investimentos em 2018, em relação ao ano anterior, a Mexichem Brasil, multinacional líder mundial em tubulações de plástico, prevê repetir esses mesmos patamares, em 2019, na fábrica de um dos seus principais braços no país: a Amanco, localizada em Suape. É um reforço na estratégia de fortalecer a presença dessa marca no Nordeste e transformar a planta pernambucana em uma espécie de HUB regional.

A injeção financeira, na qual a Mexichem não revela em valores, teve como ponto principal investimento em tecnologia, sobretudo automação, dentro do conceito indústria 4.0, para alavancar a produção de forma mais eficiente - cresceu 15% por mês -, evitando desperdícios nos processos industriais. Ajudou o fato da planta local ter nascido, em 2005, já com um embrião tecnológico e o conceito sustentável, segundo Adriano Perboni, diretor de manufatura da Mexichem Brasil, que veio de São Paulo para abrir as portas da fábrica para a reportagem do Diario de Pernambuco conhecê-la.

A fábrica de Suape é a segunda maior do grupo no Brasil, perdendo apenas para a de Sumaré (SP), uma top mundial da Mexichem, dona também das marcas Bidim e Plastubos. "Construímos do zero e pensando no futuro como uma planta estratégica. Ela é modelo e uma das melhores das 26 que temos na América Latina. Com melhores indicadores comparando com algumas fábricas que temos no mundo", destaca Perboni.

A planta já passou por três ampliações e o formato modular, no qual foi arquitetada, ajuda diante das necessidades de ampliações. Isso ajudou, por exemplo, a integrar a planta que existia em Maceió à de Suape. "Estamos focando na indústria 4.0. Começou em Sumaré (SP) e a planta de Suape vai seguir o modelo com a linha de produção autônoma (smart extrusion), na qual revisa e qualifica todas as fases do processo. São 55 sensores de controle para avaliar e entender o processo. Isso aumenta a produtividade e reduz as peças rejeitadas, tornando a planta mais eficiente. Mais à frente, há a análise de big date. Em Suape, estamos na segunda fase do projeto. Em um ou dois anos esperamos chegar ao modelo perfeito", conta o diretor.

NOVA PLANTA
Com a tecnologia a serviço do aumento da produção e um olhar otimista para a retomada do fôlego do mercado e, consequentemente, aquecimento da demanda, a Mexichem já tem no horizonte da sua rota de investimentos a construção de mais uma fábrica de conexões, em Suape, ao lado da planta atual. "É um projeto para o futuro, mas queremos dobrar o volume produtivo. Quando construímos essa fábrica de Suape, já estávamos pensando nisso e por isso já deixamos esse espaço no terreno. Mas para concretizarmos essa ideia é necessários voltarmos ao patamares de volume de demanda de 2014 para 2015", reforça Perboni.

A planta pernambucana já nasceu, em 2005, com o embrião tecnológico, o que ajuda nos investimentos recentes que foram feitos . Foto: Mandy Oliver/Esp.DP foto

Olhar atento para a Amanco no Nordeste

Diante de perspectivas otimistas, a Mexichem Brasil já apostou, em 2018, na reabertura do centro de distribuição localizado em Suape, fechado desde 2015, que abastece dois estados do Nordeste: Pernambuco e Bahia. Desta forma, consolidou a estratégia de expansão, reforçando o time com 15% a mais de emprego diretos, e a ambição é atender, em um futuro breve, os nove estados nordestinos.

"Pernambuco é um bom mercado para ampliarmos nossos negócios e com uma promessa de bastante crescimento", comenta Adriano Perboni, diretor de manufatura da Mexichem Brasil, destacando também os motivos do olhos mais apurados para o Nordeste. "Esta região do país tem um peso bastante relevante pelo desenvolvimento que tem passado nos últimos anos e passará nos próximos anos também em relação às obras de infraestrutura e a redução do GAP (lacunas) de moradias", completa Perboni, revelando que a demanda da Amanco é de 70% a 75% da construção civil.

O diretor acredita que após a gangorra de investimentos, na qual a região sofreu nos últimos anos, reflexo da instabilidade econômica do país, o momento é de acreditar e investir para voltar a colher números positivos. "O GAP das vendas aconteceu nesta região, onde o mercado registrou uma queda superior a 25% neste período, o que significa um encolhimento de 1/4 do mercado. Para Amanco, a queda foi bem menor que o mercado, assim como a retomada mais forte", diz Perboni. "Acreditamos que a retomada da economia brasileira passe pelo Nordeste e continuamos focados, mesmo durante a crise, em contribuir e investir nesta região", completa.
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