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Ambiente

Uma a cada 9 mortes no mundo são decorrentes da poluição, segundo a OMS

A exposição a estes elementos poluentes pode provocar câncer, asma, alergias, doenças respiratórias ou cardiovasculares

Por: AFP

Publicado em: 31/01/2018 12:15

UE emitiu esta semana uma "última chamada" pela qualidade do ar de noves países europeus. Caso não haja resultado, discussão será levado ao TJUE.  Foto: Internet/Reprodução (Foto: Internet/Reprodução)
UE emitiu esta semana uma "última chamada" pela qualidade do ar de noves países europeus. Caso não haja resultado, discussão será levado ao TJUE. Foto: Internet/Reprodução (Foto: Internet/Reprodução)
A poluição do ar, um fenômeno com múltiplas consequências para a saúde que provém em grande parte da indústria, calefação e transportes, é a questão central de uma reunião nesta terça-feira em Bruxelas, com vários Estados que não cumprem as normas nesse sentido.

Mais que os picos de poluição, que são em parte consequência das condições meteorológicas ou do aumento estacional de algumas atividades, o que preocupa é a exposição crônica a um ar de péssima qualidade.

Uma em cada nove mortes no mundo está relacionada com a poluição atmosférica, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que constata avanços na vigilância do fenômeno mas pede "uma ação rápida".


OS PARTICULADOS
Estes materiais microscópicos em suspensão no ar são as que sujam as fachadas dos edifícios das cidades.

Estão divididos entre PM10 (com menos de 10 micrômetros de diâmetro), que procedem sobretudo dos processos mecânicos, como as atividades de construção, e "partículas finas" (PM2,5, com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros), efeito das águas residuais da combustão da madeira ou dos combustíveis (fundamentalmente o diesel), assim como dos vapores industriais.

A Agência Europeia do Meio Ambiente os considera o "poluente atmosférico mais nocivo para a saúde humana na Europa". Um total de 90% dos habitantes das cidades estão expostos a eles em níveis superiores aos limites recomendados pela OMS.

Os particulados menores, que geram mais preocupação no âmbito sanitário, penetram nas ramificações das vias respiratórias e no sangue. A exposição a estes elementos pode provocar câncer, asma, alergias, doenças respiratórias ou cardiovasculares.

OS ÓXIDOS DE NITROGÊNIO
São o monóxido de nitrogênio e, sobretudo, o dióxido de nitrogênio (NO2) que se formam nos processos de combustão, especialmente nos motores dos automóveis ou nas usinas elétricas.

O dióxido de nitrogênio é o mais nocivo dos dois para a saúde humana. Por estar relacionado com o transporte terrestre, afeta muito as cidades, e suas emissões são maiores nos motores a diesel.

A OMS classificou o diesel como elemento cancerígeno, e as emissões dos motores a gasolina como prováveis cancerígenos.

O NO2, um gás irritante, favorece a asma e as doenças pulmonares em crianças. Na Europa e América do Norte, a OMS associa a diminuição da função pulmonar às concentrações atuais de NO2.

O dióxido de nitrogênio é também o principal agente responsável da formação dos aerossóis de nitratos - que representam uma proporção significativa dos OM 2,5 e do ozônio - na presença dos raios ultravioleta.

OUTROS POLUENTES
O dióxido de enxofre, procedente da combustão do carvão e do petróleo, provoca patologias respiratórias.

O amoníaco (NH3) está vinculado às emissões da agricultura, significativas na primavera, no momento dos fertilizantes.

Em períodos de calor, especialmente no verão, também deve-se levar em conta o ozônio (O3), um gás corrosivo procedente das reações entre vários poluentes (transportes, agricultura, indústria transformadora...) sob o efeito do sol.

A indústria emite também metais pesados, apesar de que se tenham realizado avanços, sobretudo com o chumbo e o cádmio.

Por último, os especialistas consideram que seria necessário monitorar o impacto das últimas tecnologias, como as nanotecnologias e alguns pesticidas.
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