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CARDIOLOGIA

Equipe científica cria mapa espacial do coração

Estudo investigativo foi publicado na revista Nature e revela como as células se organizam a medida que o coração se desenvolve

Publicado em: 14/03/2024 16:22 | Atualizado em: 14/03/2024 16:49

Equipe criou um mapa espacial do coração humano em desenvolvimento (Foto: Freepik)
Equipe criou um mapa espacial do coração humano em desenvolvimento (Foto: Freepik)
Uma equipe científica da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, criou um mapa espacial do coração humano em desenvolvimento, com resolução unicelular. O estudo investigativo liderado por Elie Farah, Quan Zhu e Neil Chi, foi publicado na revista Nature, e revela como as células se organizam a medida que o coração se desenvolve. Os cientistas alcançaram uma resolução e profundidade de compreensão sem precedentes de células individuais e onde elas residem.
 
“As informações detalhadas descobertas neste estudo podem ajudar a melhorar a compreensão dos mecanismos subjacentes às doenças cardíacas congênitas e em adultos, e também podem orientar novas estratégias de reparo cardíaco”, concluíram os autores.
 
O coração é o primeiro órgão que se desenvolve nos mamíferos, sendo formado por estruturas altamente organizadas que precisam ser coordenadas para funcionar corretamente. Apesar da suma importância deste órgão, os cientistas ainda sabem pouco sobre como exatamente as suas células estão organizadas, não conhecendo, por exemplo, como são coordenados espacialmente para criar estruturas morfológicas complexas, que são cruciais para a função cardíaca. 
 
Mas, com este "atlas" celular completo deste mapa espacial do coração humano se avança precisamente neste conhecimento e demonstra como os diferentes tipos de células cardíacas interagem e se organizam em estruturas complexas essenciais para o funcionamento do coração. 
 
O mapa revelou a distribuição regional de uma ampla gama de subpopulações de células cardíacas, revelando como estas células interagem durante o desenvolvimento do coração. A análise unicelular identificou 75 subpopulações que exibiam características que correspondiam à sua localização anatômica e estágio de desenvolvimento, incluindo novos subtipos de células nas válvulas cardíacas. 
 
Além disso, os autores descobriram interações entre combinações específicas de populações celulares. Observaram, por exemplo, interações entre células do músculo cardíaco ventricular, fibroblastos (parte do tecido conjuntivo) e células endoteliais (revestimento dos vasos sanguíneos), que podem desempenhar um papel na formação da parede ventricular. 

Tags: coração |

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