Saúde
Estudo aponta que ter um propósito na vida reduz riscos de doença cardíaca
Brasilienses contam como conseguiram encontrar uma missão e como se beneficiam dessa escolha
Publicado em: 28/04/2015 14:38 Atualizado em: 28/04/2015 14:45
"Mesmo quando acha que não vai conseguir, a gente se enche de força e segue em frente. Talvez não seja exatamente como nós queremos, mas tiramos força do Altíssimo" Socorro Rocha, criadora da Associação Viver a Vida, de apoio a idosos. Foto: Antônio Cunha/CB/D.A.Press |
A moradora do Gama ilustra muito bem uma constatação feita recentemente por pesquisadores do Hospital Mount Sinai, em Nova York. Em estudo apresentado durante encontro da Associação Americana do Coração, no mês passado, os cientistas concluíram que ter um alto senso de propósito na vida pode reduzir o risco de doenças. A equipe de cientistas revisou 10 estudos relevantes sobre o tema e, a partir dos dados de mais de 137 mil pessoas, concluiu que ter uma razão para viver reduz em 23% o risco de morte por qualquer motivo e em 19% as chances de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou necessidade de cirurgia de revascularização do miocárdio.
Socorro não conhece o estudo americano, mas sente cotidianamente os benefícios das escolhas que fez. “Esse trabalho é uma forma de ajudá-los, mas me ajuda também. Eles têm muito a ensinar, é uma faculdade que ninguém pode tirar deles. Assim, eu ganho conhecimento e melhoro minha forma de pensar e de compreender o ser humano”, conta a aposentada, que há 14 anos se dedica à ação social. Apesar dos obstáculos em conseguir recursos — a iniciativa conta com a contribuição de alguns amigos —, ela não desanima. “A gente tenta gerar renda para fazer o trabalho, e mesmo quando acha que não vai conseguir, a gente se enche de força e segue em frente. Talvez não seja exatamente como nós queremos, mas tiramos força do Altíssimo.”
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