Saúde

Rede D'Or usa modelo inédito de validação de qualidade

Avaliação externa independente é a chave para confiança nos indicadores fornecidos pelas instituições. No Brasil, a Rede D%u2019Or lidera iniciativa de transparência. Hospitais são avaliados por órgãos internos e externos

Publicado em: 29/04/2024 09:13 | Atualizado em: 29/04/2024 09:37

Memorial Star, no Recife, está entre os mensurados
 (Divulgação/Rede D'Or)
Memorial Star, no Recife, está entre os mensurados (Divulgação/Rede D'Or)
A partir de uma iniciativa pioneira na saúde privada brasileira, a Rede D’Or - maior empresa de saúde da América Latina – passou a publicar, nos principais jornais e revistas do país, números sobre a qualidade de seus hospitais em 2023. No fluxo, outras instituições fizeram o mesmo. Um ganho e tanto para os pacientes de todo o país que, com maior acesso a informações, agora podem escolher mais assertivamente as instituições de saúde. Tal movimento, porém, gerou questionamentos: quão confiáveis são os números fornecidos pelas instituições?

Sempre preocupada com a exatidão e veracidade dos próprios dados, ao implantar o maior programa de Qualidade Técnica em hospitais privados do país, a Rede D’Or fez uma escolha decisiva: todos os seus hospitais são obrigatoriamente avaliados por organizações externas e independentes. Assim, implantou, em escala nacional, o maior programa de acurácia externa de indicadores do Brasil.

DADOS DUPLAMENTE CHECADOS
 
Na Rede D’Or, a verificação externa dos indicadores de qualidade acontece em duas etapas independentes. Inicialmente, os hospitais reportam um relatório com seus dados assistenciais ao setor da qualidade da empresa que, por sua vez, checa a exatidão dos dados em uma etapa de auditoria interna e registra os resultados dos indicadores de qualidade técnica. Em seguida, os resultados têm duplo nível de checagem externa: pelos acreditadores e ela auditoria externa contratada de forma independente.

A utilização das entidades de acreditação é algo histórico na empresa que busca ter todos os seus hospitais acreditados. As chamadas “acreditadoras”, instituições especializadas em avaliar a qualidade de organizações de saúde são em sua maioria validadas pela Sociedade Internacional para a Qualidade do Cuidados em Saúde (ISQua, na sigla em inglês). “Uma organização que obteve acreditação organizacional ISQua EEA demonstra na prática que é capaz de utilizar essa ferramenta para fornecer uma avaliação que atende aos padrões internacionais de qualidade”, diz Carsten Engel, CEO da ISQua. 

Nessa fase, outras acreditadoras, como a Joint Commission International (JCI - EUA), visitam as unidades da Rede D’Or e nesse processo verificam também seus indicadores de qualidade técnica. A checagem é realizada por profissionais altamente treinados em investigar tudo o que acontece em uma organização de saúde. O cruzamento de informações permite conferir se os dados foram coletados corretamente e se os indicadores evoluíram como esperado.

Além da acreditação, a Rede D’Or decidiu adotar uma auditoria externa independente recorrente de seus indicadores de qualidade técnica gerando uma camada a mais de segurança e confiabilidade. “O objetivo é verificar cuidadosamente os dados registrados para averiguar a acurácia das informações”, explica Helidea Lima, diretora de Qualidade Corporativa da Rede D’Or. “Avaliamos a confiabilidade e validamos as medições todas as vezes em que uma nova medida é implementada. Assim, quanto maior o nível de acuracidade, mais próximo da referência ou valor real é o resultado encontrado”, completa. Todo esse duplo processo de avaliação independente ocorre continuamente nos 73 hospitais da Rede D’Or.

QUALIDADE EM ESCALA

As avaliações externas são parte do Programa de Qualidade Técnica da Rede D’Or. Maior do tipo em instituições privadas do país, ele monitora 50 indicadores em todos os hospitais da rede. Os resultados apontam as iniciativas de sucesso que, reunidas no Manual de Práticas Assistenciais da Rede D’Or, permitem que a experiência bem sucedida de uma unidade seja replicada em outra, independentemente da distância geográfica.
 
“A construção gradual das atividades de auditoria interna tem permitido a incorporação de processos utilizados por equipes de avaliadores externos, pois identifica as boas práticas em suas unidades hospitalares. Isso tem gerado um impacto muito positivo no segmento de saúde brasileiro, elevando os níveis de qualidade assistenciais”, salienta Franklin Lindolf Bloedorn, avaliador internacional da Joint Commission International (JCI - EUA).
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