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Boi da Macuca e Henrique Albino lideram celebração do frevo-canção em novo álbum

Sob a batuta criativa do Boi da Macuca, o Frevo Macuca apresenta uma celebração ampla do frevo-canção com a colaboração do maestro Henrique Albino

Allan Lopes

Publicado: 04/12/2025 às 11:11

Bastidores da gravação de 'Frevo Macuca'/ Foto: Juliana & Roberto Fotografia

Bastidores da gravação de 'Frevo Macuca' ( Foto: Juliana & Roberto Fotografia)

O Boi da Macuca, uma das entidades mais emblemáticas da cultura pernambucana, conduz o encontro que dá origem ao álbum Frevo Macuca, lançado pelo selo Babel na próxima quinta-feira (11) em todas as plataformas digitais. A força criativa do grupo se une ao talento de Henrique Albino, maestro e pesquisador destacado entre os nomes mais promissores do frevo e da música instrumental, em uma celebração contemporânea do frevo-canção com participações de grandes artistas brasileiros.

Com doze faixas inéditas, o álbum reúne grandes nomes da música brasileira interpretando frevos compostos especialmente para o projeto. Participam Lenine, Juliana Linhares, Jorge Du Peixe, Almério, Siba, Flaira Ferro, Buhr, Isaar, Juba Valença, Zé Manoel, Surama Ramos, Mãe Beth de Oxum, Tiné, Urêa, Jéssica Caitano, Isadora Melo e Silvério Pessoa.

Cada faixa é um encontro singular entre o toque das ruas de Olinda e a poesia contemporânea das novas canções, criadas por compositores como Henrique Albino, Rudá Rocha, PC Silva, Flaira Ferro, Mavi Pugliese, Tiné, Chinaina, Zé Manoel, Mãe Beth de Oxum, Isadora Melo, José Demóstenes, Jéssica Caitano e Emerson Araújo.

O álbum nasce como uma celebração entre tradição e vanguarda e traz a sonoridade clássica das orquestras de frevo de rua, exclusivamente com sopros e percussões, sem o uso de instrumentos harmônicos como cordas e teclados. O projeto foi idealizado e dirigido por Rudá Rocha, conselheiro de arte e cultura do Boi da Macuca, com direção e produção musical de Henrique Albino, que assina todos os arranjos. Juntos, eles constroem uma obra plural e capaz de dialogar com a contemporaneidade sem perder de vista as tradições.

A formação conta com Henrique Albino (saxofones alto, tenor e barítono), Rudá Rocha (surdo, zabumba e triângulo), Fabinho Costa (trompetes), Jorge Neto (trompetes), Thomas Barros (trombones tenor, baixo e contrabaixo), Neris Rodrigues (trombones), Alex Santana (tuba), André Ragall (caixa clara), Gilú Amaral (pandeiro e mineiro) e Mamão do Pandeiro (pandeiro). Reforçando as vozes, o coral reúne Sue Ramos, Surama Ramos, Henrique Albino e Ricardo Pessoa. A mixagem é de Henrique Albino e a masterização de Júnior Evangelista.

O disco foi gravado nos estúdios Carranca e Música Tronxa e foi realizado com incentivo da Funcultura. Além do álbum digital, o projeto inclui a produção de um e-book gratuito com as partituras das canções, que será disponibilizado no site e nas redes da Macuca, além de ser distribuído pessoalmente aos maestros das principais orquestras de rua, buscando a perenização das composições em seus repertórios.

Com o “Frevo Macuca”, o Boi da Macuca e Henrique Albino reforçam sua militância pela quebra da sazonalidade do frevo, ampliando o espaço do gênero para além do Carnaval. O disco é, ao mesmo tempo, registro histórico, homenagem e manifesto: o frevo pode e deve soar o ano inteiro.

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