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Investigação do metanol: polícia ouve viúva e aguarda laudo pericial de uísque

Grupo de amigos passou mal após consumir uísque em festival de rock em Lajedo, no Agreste de Pernambuco; polícia aguarda resultado de perícia para saber se bebida estava intoxicada por metanol

Marília Parente

Publicado: 01/10/2025 às 14:00

Delegado de Lajedo,  Cledinaldo Orico/PCPE/divulgação

Delegado de Lajedo, Cledinaldo Orico (PCPE/divulgação)

A Polícia Civil de Pernambuco investiga os três casos suspeitos de intoxicação por metanol em Pernambuco. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (1), o delegado de Lajedo, Cledinaldo Orico, disse que aguarda o laudo pericial do uísque que teria sido consumido pelo grupo, durante um festival de rock realizado na cidade, localizada no Agreste do estado, em setembro.

Uma das vítimas teria comprado algumas garrafas de uísque em um caminhão, atraído pelo preço abaixo do mercado. “Não acredito que ele sabia que estava em risco, tanto que consumiu a bebida. Por enquanto, não podemos afirmar a quantidade de garrafas, para não comprometer as investigações”, afirma Orico.

Após ingerirem a bebida, os três homens deram entrada no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, também no Agreste. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), dois deles foram a óbito e o outro recebeu alta hospitalar, com perda da visão como sequela.

“Por enquanto, temos apenas a suspeita de intoxicação por metanol, ainda aguardamos o resultado da perícia. Também não sabemos se os casos têm relação com os casos registrados em São Paulo”, acrescenta o delegado.

Duas vítimas residiam em Lajedo e a outra em João Alfredo, ambos municípios do Agreste. Após a suposta intoxicação, a viúva de um dos homens procurou a delegacia de Lajedo e falou sobre a existência de uma quarta vítima, mas a polícia segue trabalhando oficialmente com três casos investigados. Ela também deixou uma das garrafas de uísque compradas pelo marido com as autoridades.

Investigações

Na última terça-feira (30), a Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar as supostas intoxicações por metanol no país. A ação do órgão, portanto, não impede a investigação da Polícia Civil de Pernambuco.

“A investigação da PF não obsta nosso trabalho. A PF entra em ação em casos interestaduais e internacionais. Por hora, não temos a confirmação de que os casos são oriundos de um mesmo grupo ou de uma mesma cadeia de fornecimento com penetração em vários estados”, explica Orico.

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