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Fibromialgia é mais comum em mulheres com 30 a 60 anos

A doença crônica passará a ser considerada deficiência em casos incapacitantes a partir de 2026

Marina Costa

Publicado: 06/08/2025 às 07:00

Segundo Helena Carneiro Leão, o tratamento exige uma abordagem multidisciplinar./Francisco Silva/DP Foto

Segundo Helena Carneiro Leão, o tratamento exige uma abordagem multidisciplinar. (Francisco Silva/DP Foto)

Dor generalizada em diferentes partes do corpo, fadiga crônica, falta de energia, insônia, dificuldade de concentração e raciocínio, depressão e ansiedade. Essas são algumas das manifestações da fibromialgia, uma doença considerada “invisível” para muitos dos seus portadores e que afeta apenas a 3% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). A partir de 2026, a síndrome, que não tem cura e é mais comum entre mulheres de 30 a 60 anos, poderá ser caracterizada como uma deficiência em casos incapacitantes.

A fibromialgia é uma condição complexa e dolorosa que reúne características reumatológicas e neurológicas. As causas ainda não são totalmente compreendidas, mas segundo a especialista do Hospital Jayme da Fonte, Helena Carneiro Leão, a combinação de fatores genéticos, neurológicos, psicológicos e imunológicos são possíveis influências no desenvolvimento do quadro.

“Os sintomas podem variar de paciente para paciente, mas existem critérios para o diagnóstico, como os do Colégio Americano de Reumatologia, que são utilizados e atualizados periodicamente”, explica a especialista. A doença atinge majoritariamente mulheres, entre 80% e 90% dos casos. Apesar de não existir uma cura para a fibromialgia, existem terapias que ajudam a melhorar a qualidade de vida dos portadores.

O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar, que inclui o uso de medicamentos, acompanhamento psicológico e a prática regular de atividades físicas adequadas. A combinação tem o objetivo de aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar geral do paciente, respeitando sempre suas individualidades e necessidades específicas.

Para Helena Carneiro Leão, a Lei nº 15.176 traz uma nova abordagem ao prever um programa nacional de proteção aos direitos de pessoas com fibromialgia, fadiga crônica, dor regional complexa e doenças correlatas. “No caso da fibromialgia, haverá uma avaliação multiprofissional e interdisciplinar para caracterização da condição de pessoa com deficiência. A SBR já emitiu nota para orientações aos médicos reumatologistas e às equipes multiprofissionais. Essa abordagem interdisciplinar é essencial e imprescindível para as avaliações”, finaliza.

Com 70 anos de atuação no polo de saúde Pernambuco, o HJF é referência no atendimento das áreas de reumatologia e neurologia. A unidade conta com um centro de diagnóstico por imagem, urgência e emergência 24h em diversas especialidades, além de consultas ambulatoriais e um moderno centro cirúrgico.

 

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