![Banco Vermelho simboliza a luta contra violência de gênero (Foto: Divulgação) Banco Vermelho simboliza a luta contra violência de gênero (Foto: Divulgação)]() |
Banco Vermelho simboliza a luta contra violência de gênero (Foto: Divulgação) |
O Estádio Eládio de Barros Carvalho, nos Aflitos, na Zona Norte do Recife, será palco de uma ação contra a violência de gênero, durante o jogo entre Náutico e Brusque, no domingo (4), pela Série C no Brasileirão 2025.
Marcada para 19h, a iniciativa é uma parceria entre o Instituto Banco Vermelho (IBV), a Uninassau e o Clube Náutico Capibaribe.
A ideia é levar a causa coletiva pelo fim do feminicídio, apresentando nos gramados uma mensagem urgente de combate à violência contra as mulheres.
Os jogadores das duas equipes entrarão em campo carregando uma faixa com a mensagem "Feminicídio Zero", como símbolo de uma mobilização coletiva com o fim desta violência.
Além disso, um banco gigante na cor vermelha será instalado nas dependências do estádio, representando o compromisso do clube Náutico com a luta contra o feminicídio e convidando o público à reflexão.
A escolha do ambiente esportivo não é por acaso. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, em dias de jogos de futebol, os registros de violência doméstica aumentam consideravelmente.
A pesquisa aponta que boletins de ocorrência por ameaça contra mulheres crescem 23,7% e os de lesão corporal dolosa sobem 20,8% nessas datas, especialmente quando o time joga em casa.
A presidente do IBV, Andrea Rodrigues, destaca a importância da o ocupação de espaços como os estádios com mensagens de enfrentamento à violência. “É fundamental utilizarmos espaços de grande visibilidade e fluxo de pessoas, como os estádios de futebol, para promover mensagens de respeito e igualdade. O banco gigante na cor vermelha é um convite à reflexão e à ação de todos os setores da sociedade”, afirma.
A Uninassau, parceira institucional do IBV, também reforça seu papel na mobilização social e na formação de cidadãos conscientes. "Acreditamos que o esporte, assim como a educação, tem o poder de inspirar mudanças e construir uma sociedade mais justa e igualitária. Além disso, essa parceria nos permite alcançar um público amplo e engajado. Esse é um reforço da importância da paz nos estádios e ainda contamos com a participação do Instituto Maria da Penha e Grupo Mulheres do Brasil", comenta Adriane Mendes, gerente de Governança Social da Instituição de Ensino Superior.
“Esta ação do Instituto Banco Vermelho, da Uninassau e do Náutico é fundamental para alertarmos a todos que o futebol é o palco de paixões, mas também de vozes que precisam ser ouvidas. Por isso, convido a torcida, os clubes e toda a imprensa a se juntar a nós neste movimento e dar o pontapé inicial de uma era em que a proteção à vida e ao direito das mulheres seja tão valorizada quanto a paixão pelo futebol”, disse Tatiana Roma, vice-presidente do Náutico.