Moraes brinca que perdeu jogo do Corinthians devido à duração do voto de Fux
Luiz Fux durou cerca de 12 horas para expor todos os votos sobre os oito réus
Publicado: 11/09/2025 às 21:13

Relator do caso, ministro Alexandre de Moraes é o primeiro a votar no julgamento do núcleo 1 da trama golpista no STF (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
Durante a fase de dosimetria no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), queixou-se em tom de brincadeira da longa duração do voto do colega Luiz Fux.
Segundo Moraes, a intervenção de Fux, na quarta-feira (10), o impediu de assistir a grande parte da partida entre Corinthians e Athletico Paranaense.
“Eu prometo à vossa excelência que eu não farei a maldade que me fizeram ontem de me fazer perder quase dois terços do jogo do Corinthians X Atlético Paranaense. Eu cheguei em casa e já estava 2X0, para minha felicidade, mas perdi aquele momento de felicidade dos dois gols”, disse Moraes nesta quinta-feira (11), ao receber a palavra do presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.
Entre risos, Moraes ainda relembrou um episódio em que levou o ministro Flávio Dino a uma partida do Corinthians, obrigando-o a vestir a camisa do clube. “E, para aqueles que não se recordam, eu fiz o ministro Flávio Dino vestir uma camisa do Corinthians no Estádio Arena, junto com os dois filhos que são corinthianos”, contou.
- Veja de quanto foi pena imposta pelo STF a Bolsonaro e demais réus pela tentativa de golpe
- Ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira é condenado a 19 anos
- Bolsonaro é condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado
- Por 4 a 1 no STF, Bolsonaro e réus do "núcleo crucial" são condenados por tentativa de golpe de Estado
Condenação histórica
Na mesma sessão, a Primeira Turma do STF fixou a pena de 27 anos e 3 meses de prisão para Jair Bolsonaro, reconhecendo sua participação em uma tentativa de golpe de Estado e em mais quatro crimes ligados à trama que buscava minar o processo democrático.
Com os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que acompanharam o relator Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino, formou-se maioria pela condenação de Bolsonaro e dos demais integrantes do núcleo central da conspiração.
O único a divergir foi Luiz Fux, que apresentou um voto longo e detalhado pela absolvição do ex-presidente. Antes da manifestação da ministra Cármen Lúcia, o placar estava em dois a um pela condenação.

