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Política
Julgamento de Bolsonaro

"Ele não está bem", diz defesa de Bolsonaro sobre ausência no julgamento

Segundo advogado, o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha interesse em comparecer às sessões, mas não estaria em condições por motivos médicos

Diario de Pernambuco

Publicado: 02/09/2025 às 10:36

Fachada da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), onde ele cumpre prisão domiciliar/EVARISTO SA / AFP

Fachada da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), onde ele cumpre prisão domiciliar (EVARISTO SA / AFP)

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que ele “não está bem de saúde” para acompanhar a abertura do julgamento do núcleo 1 da trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (2). O diagnóstico, entretanto, ainda não foi revelado.

De acordo com o advogado Celso Vilardi, o ex-presidente tinha interesse em comparecer às sessões.

“O presidente não virá. Ele chegou [a manifestar interesse], mas não está bem. Saúde. Tem que falar com os médicos”, afirmou o advogado à imprensa ao chegar no STF nesta manhã.

Em prisão domiciliar, Bolsonaro precisaria de uma autorização judicial para comparecer ao julgamento. No entanto, o pedido não chegou a ser feito.

Quem são os réus

  • Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência);
  • Almir Garnier Santos (almirante e ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Augusto Heleno (general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Jair Bolsonaro (ex-presidente da República);
  • Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro);
  • Paulo Sérgio Nogueira (general e ex-ministro da Defesa);
  • Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

 

Crimes atribuídos ao núcleo

O núcleo 1 é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável pela articulação de um plano golpista com o objetivo de reverter o resultado das eleições de 2022 e manter o então chefe do Executivo no poder. Em caso de condenação, as penas podem passar de 30 anos de prisão.

Para a PGR, Bolsonaro liderou uma organização criminosa voltada a desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques às instituições e articular medidas de exceção.

Ele, assim como seus aliados, é acusado de liderar ou integrar organização criminosa armada; atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado por violência e grave ameaça; e deterioração de patrimônio tombado da União.

O julgamento tem sessões marcadas também para os dias 3, 9, 10 e 12 de setembro.

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