"O Brasil é bom, só não vai andar de joelhos", diz Lula no Recife sobre Trump
Além de criticar as relações comerciais, Trump reforçou seu posicionamento contrário à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro; Lula rebateu
Publicado: 14/08/2025 às 18:45

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso em Brasília Teimosa, no Recife (Marina Torres/DP Foto)
Durante discurso no bairro de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu falas de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que afirmou que o Brasil era um 'péssimo parceiro comercial'.
"É mentira quando o presidente norte-americano diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. O Brasil é bom, só não vai andar de joelhos", disse Lula no discurso.
Enquanto Lula cumpria agenda no Recife, Trump voltou a afirmar que o Brasil tem sido "horrível" nas relações comerciais com os americanos e acusou o país de aplicar tarifas "tremendas" sobre os EUA, o que Lula categorizou como mentira.
“Ele [Trump] resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil. E nós estamos desmentindo. Ele disse que tinha prejuízo no comércio com o Brasil. Ele só tem lucro. Só tem lucro. Se você pegar as empresas de dados, as plataformas que trabalham aqui no Brasil, a gente paga para eles 23 bilhões de reais (...) Eles estão ameaçando todo dia. E eu quero dizer para as pessoas mais pobres desse país: a gente continua com vontade de negociar", disse o presidente brasileiro.
Além de criticar as relações comerciais, Trump reforçou seu posicionamento contrário à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que ele é "um homem honesto". O republicano repetiu que o Brasil lida de "péssima maneira com a política quando eles prendem um ex-presidente".
Sobre isso, Lula rebateu: "Ele disse que no Brasil não tem democracia e não tem direitos humanos, porque o Bolsonaro está sendo julgado. O Bolsonaro não está sendo julgado por bondade".
"Ele está sendo julgado porque tentou dar um golpe de estado dia 8 de janeiro e um plano para matar o Lula, o Alckmin e o presidente da Suprema Corte. Ele colocou um caminhão com bomba no aeroporto de Brasília, ele atacou a Polícia Federal. No dia que eu fui diplomado e ele disse que no Brasil não tem democracia, portanto a democracia está julgando", finalizou Lula.

