![Juzé é mais um exemplo de ponte cultural entre Pernambuco e Paraíba (Foto: Max Brito/Divulgação) Juzé é mais um exemplo de ponte cultural entre Pernambuco e Paraíba (Foto: Max Brito/Divulgação)]() |
Juzé é mais um exemplo de ponte cultural entre Pernambuco e Paraíba (Foto: Max Brito/Divulgação) |
Pernambuco e Paraíba, estados irmãos na geografia e no coração, comungam de uma aliança cultural que se revela em vozes como a da rainha Elba Ramalho, cuja potência se expande para os novos talentos. Um deles é o cantor, compositor e ator Juzé, paraibano de alma carnavalesca e grande admirador da nossa folia.
Ao receber o convite do Maestro Spok para se apresentar nos Ensaios de Carnaval da Casa Estação da Luz, neste domingo, ele foi logo separando os confetes. Em conversa exclusiva com o Viver, Juzé avisa: vai rolar um feat especial e inusitado com o anfitrião, recheado de frevo, galope, ijexá e até axé.
No palco, o artista - que foi o repentista Totonho nas novelas Mar do Sertão e No Rancho Fundo - transmite a mesma energia e alegria que sente no carnaval desde a infância. “Nasci dentro do movimento carnavalesco que criou o carnaval da Paraíba”, salienta.
Ele está falando do Muriçocas do Miramar, maior bloco das prévias de João Pessoa, uma espécie de Galo da Madrugada local. Desde 2016, Juzé puxa o bloco ao lado do fundador Mestre Fuba e, no ano passado, comandou o próprio trio elétrico, com participações especiais de Elba e Alceu Valença, ídolos que agora podem ser chamados de amigos.
“Às vezes, recebo uma ligação do Alceu à tarde, só para conversar besteira. Também costumo gravar voz no estúdio da Elba, no Rio, e, quando ela está por lá sempre aparece para dar um cheiro, tomar um café e bater um papo”, revela o paraibano, apontado como um dos 25 artistas mais inovadores de 2024 pela revista Rolling Stone, na lista Future of Music
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Foto: Max Brito/Divulgação |
No entanto, ele não abre mão dos conselhos dos grandes mestres da música brasileira. “Ter esse olhar amigo de quem já viveu tantas situações, superou desafios, inclusive no início da carreira, com gravadoras e tudo mais, é algo muito valioso”, vibra.
Em agosto passado, o parceiro de Juliette em músicas como Cansar de Dançar ampliou seu repertório com o EP Doce Confeito Mel, no qual sua identidade nordestina se desdobra em múltiplas influências, incluindo a música ibérica, africana, norte-americana e outras sonoridades de um cidadão do mundo. “Esse trabalho veio justamente para anunciar o meu portfólio artístico, para as pessoas ouvirem e saberem mais um pouco da história, da poesia, do que está sendo pensado, da minha forma artística de compor, da minha maneira de criar coisas, de ver a minha arte. Eram canções guardadas há um tempo e a gente as materializou neste trabalho”.
Embalado pelo som efervescente do Maestro Spok, Juzé se junta a Mariana Aydar, Isadora Melo e Joyce Alane nos ensaios da Casa Estação da Luz. “Participar disso é um verdadeiro batismo”, avalia. Olinda, com todo o seu charme, oferece um tempero extra na experiência.
“Para mim, estar em Olinda é uma grande honra. É uma cidade onde me sinto em casa, não só pelo ambiente, mas porque tenho muitos amigos. Sei por onde andar, onde entrar e sair. E estar ao lado de Spok torna tudo ainda mais especial”. Como um bom f