Televisão

Nova temporada de Arquivo X estreia no Brasil nesta quarta-feira

Originalmente exibida entre 1993 e 2002, série retorna após sucesso do primeiro revival, em 2015

Publicado em: 10/01/2018 14:02 | Atualizado em: 10/01/2018 13:09

Sucesso nos anos 1990, produção acumula 16 prêmios Emmy e cinco Globos de Ouro. Foto: Fox/Divulgação

Exibido entre setembro de 1993 e maio de 2002, Arquivo X é não apenas um dos programas mais influentes da história da TV, como também um dos mais longevos. Mesmo após o desfecho da série, a franquia ganhou continuidade nos quadrinhos, livros, cinema e, a partir de hoje, tem o segundo revival televisivo, exibido a partir das 22h, na Fox.

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Chegando ao Brasil uma semana após a estreia, a série ficará em dia com a exibição original já a partir de hoje, quando serão liberados no país o primeiro e o segundo episódios, este último transmitido nos EUA também na noite de quarta-feira. Após o desfecho no início dos anos 2000, o programa ainda foi resgatado em filme (Arquivo X: Eu quero acreditar, de 2008) e em minissérie televisiva em seis partes, no ano de 2015.

Lembrada principalmente como série sobre teorias conspiratórias e alienígenas, a produção era bem mais abrangente, explorando ocultismo, paranormalidade, lendas urbanas e criaturas como vampiros, lobisomens, chupa-cabras etc. Ao longo dos mais de 200 episódios, os agentes Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) enfrentaram todo tipo de situação bizarra no Arquivo X, um departamento pouco prestigiado do FBI, destinado a investigar casos sem soluções aparentes. O 11º ano da série promete trazer respostas sobre algumas questões que ficaram em aberto na série, como o paradeiro de William, filho de Scully, e também sobre a aparente presença alienígena, evidenciada no desfecho da temporada anterior.

E ao que tudo indica será também o fim definitivo da produção, já que a atriz Gillian Anderson confirmou que não retornará para mais episódios caso a produção seja renovada. "Para mim, Arquivo X é Mulder e Scully. Sem Scully, eu não pretendo continuar", chegou a declarar Chris Carter após o anúncio da atriz. O depoimento contradiz uma atitude do passado, quando o criador manteve o programa mesmo após a saída de David Duchovny, que participou apenas de metade da oitava temporada e um episódio do nono ano. Anderson também chegou a se distanciar da produção, especialmente na temporada final, quando participou mais como coadjuvante de uma nova dupla de agentes responsável pelo Arquivo X: John Doggett (Robert Patrick) e Monica Reyes (Annabeth Gish). 
Além de ter mais de 200 episódios, série ganhou dois filmes para o cinema. Foto: Fox/Divulgação

Embora a maioria dos episódios fosse fechada em si, seguindo a estrutura "caso da semana", uma trama maior envolvia toda a jornada dos personagens centrais, algo que foi definido pelo criador da obra, Chris Carter, como "mitologia". Junto a Twin Peaks (1990-1991), Arquivo X foi uma das primeiras séries a explorar a ideia de uma grande história a ser contada ao longo de muitos capítulos, modelo seguido hoje por quase todas as produções televisivas.

Outro aspecto interessante visto na série de Chris Carter era a variedade não só de temas explorados, mas de gêneros adotados. Sem grandes amarras criativas, uma temporada poderia ter episódios que pendiam para o drama, comédia, terror ou ficção científica. Arquivo X recebeu 16 prêmios Emmy e cinco Globos de Ouro, incluindo melhor série dramática, melhor ator (Duchovny) e melhor atriz (Anderson).
 
+ Fora da TV
Ainda que as versões em carne e osso dos agentes Mulder e Scully tenham ficado ausentes durante alguns anos desde o desfecho original do programa, Arquivo X foi continuado nos quadrinhos (inéditos no Brasil), sob supervisão do criador da série, Chris Carter, e explorado também em livros. Mais recentemente foram publicados no país os romances Advogado do diabo e Agente do caos (HarperCollins, 320 páginas, R$ 34,90), além da antologia de contos Arquivo X: A verdade está lá fora (Ornitorrinco, 408 páginas, R$ 75).

Filho de Arquivo X
Vince Gilligan, criador de Breaking bad, foi produtor de dezenas de episódios de Arquivo X, roteirista de 30 capítulos e diretor de dois deles, além de ser o responsável por produzir o spinoff The lone gunmen. Fã da série, Gilligan enviou uma sugestão de roteiro para a emissora e acabou ingressando na segunda temporada. Foi na produção que o autor conheceu o futuro protagonista de seu show, Bryan Cranston, personagem central de Drive, episódio do sexto ano. Mais nomes do elenco de Breaking bad passaram por Arquivo X, incluindo Aaron Paul (Jesse), Dean Norris (Hank), Raymond Cruz (Tuco) e outros, Michael McKean, o Chuck, de Better call Saul, série derivada da criação máxima de Gilligan.

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