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Stop Motion Indicada ao Oscar, animação adulta Anomalisa é exibida nesta quarta no Cinema São Luiz Longa-metragem, que está na programação do festival Animage, foi dirigido por Duke Johnson e Charlie Kaufman, roteirista de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Quero Ser John Malkovich

Por: Mariana Peixoto - Estado de Minas

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 23/11/2016 09:02 Atualizado em: 23/11/2016 16:51

Produzido em stop motion, filme tem uma cena de sexo com realismo impressionante. Foto: Paramount/ Divulgação
Produzido em stop motion, filme tem uma cena de sexo com realismo impressionante. Foto: Paramount/ Divulgação
 
Só poderia sair da cabeça de Charlie Kaufman (criador de Quero ser John Malkovich e Brilho eterno de uma mente sem lembranças) a história de Anomalisa. O filme será exibido no Recife pela primeira vez nesta quarta às 19h no Cinema São Luiz na programação do festival Animage. É uma animação exclusivamente para adultos, que faz com que a forma dialogue diretamente com o conteúdo. A crítica do roteirista – que divide aqui a direção com Duke Johnson – é ao padrão de relacionamentos impessoais e de atitudes um tanto ou quanto acéfalas que dominam o mundo contemporâneo.

Confira a programação do Animage

Para tal, Kaufman tem como protagonista um autor best-seller de autoajuda especializado em telemarketing. Como cenário, um hotel executivo. Nada sai do padrão. Os personagens são como autômatos, acostumados a repetir, sem pensar, o que ouviram de outros. Ninguém questiona ninguém. E assim a vida segue em plena mediocridade.

Michael Stone (dublado por David Thewlis), marido, pai e autor de Como posso ajudá-lo a ajudá-los?, chega a Cincinnati para uma palestra. Incomodado com a mesmice da vida, e sem reconhecer o homem que foi um dia, tenta escapar como pode. Primeiro, procura uma ex-namorada (voz de Tom Noonan, que dublou todos os demais personagens, à exceção daquela que dá título ao filme); depois, conhece Lisa (voz de Jennifer Jason Leigh), uma representante de vendas que o surpreende. Juntos, vivem uma noite que pode (ou não) definir suas vidas.

Para a jornada um tanto surreal (afinal, é um filme de Charlie Kaufman), o roteirista, produtor e diretor utilizou, em sua estreia na animação, a técnica de stop motion. Seus personagens foram produzidos em massa de modelar e movimentados quadro a quadro.

Os personagens são artesanais, longe da perfeição padronizada das criações computadorizadas. E vivem situações cotidianas que todo ser humano já viveu uma vez ao menos (quem nunca aguentou um taxista chato ou um passageiro de avião medroso?).

Kaufman chega a colocar Stone e Lisa na cama para uma noite de sexo – que está, diga-se de passagem, entre as mais críveis do cinema atual. As massinhas conseguem atingir o espectador com suas carências, imperfeições e dúvidas. Esse impacto, só o bom cinema, seja de live action ou animação, é capaz de ter.

Assista ao trailer de Anomalisa:



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