Web Criador do Porta dos Fundos rebate críticas a vídeo sobre parcialidade das delações premiadas: Não abro mão da democracia Na esquete, Fábio Porchat interpreta um delator que revela segredos do PSDB, recebidos com vista grossa por um policial federal

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 04/04/2016 15:50 Atualizado em:


Gregório Duvivier no vídeo Delação, do Porta dos Fundos. Foto: YouTube/Reprodução
Gregório Duvivier no vídeo Delação, do Porta dos Fundos. Foto: YouTube/Reprodução

Divulgada na internet no último sábado (2), a esquete Delação, do grupo de comédia Porta dos Fundos, teve ampla repercussão. Até a tarde desta segunda-feira (4), o vídeo já recebeu mais de 3 milhões de visualizações. Mas também gerou polêmica, com alguns grupos contrários ao conteúdo, que satiriza as delações premiadas da Operação Lava-Jato, incitando boicote ao grupo.

No clipe, Fábio Porchat interpreta um delator que começa a revelar segredos de políticos ligados ao PSDB. Estes, no entanto, são recebidos com vista grossa por um policial federal, interpretado por Gregório Duvivier. Porchat então começa a falar sobre um jantar em Paris que teria custado R$ 50 mil dos cofres públicos. Quando questionado sobre um determinado prato consumido, ele responde: "Arroz de lula", para o qual o Duvivier responde: "pode emitir mandado de prisão. Avisa lá que a gente pegou o Lula!".

Os grupos que fazem oposição ao governo se posicionaram através de respostas em vídeo e posts em redes sociais. Antonio Tabet, um dos fundadores do grupo e também dono do site Kibe Loco, usou o Facebook para rebater as críticas: "A Porta dos Fundos tem sido vítima, nas últimas horas, de uma campanha promovida por páginas ou sites de oposição ao governo (aqueles que os petistas gostam de chamar de "direita" e que várias vezes já até compartilhei por aqui) para que as pessoas nos boicotem por conta do vídeo de ontem, "Delação", que satiriza, com humor, o que as pessoas que defendem Dilma e companhia chamam de "justiçamento seletivo".

"Esse revanchismo bobo só fomenta o ódio. Incentivar a censura ou a intolerância nada mais é que um recibo de que você pode ser tão fascista quanto os fascistas que critica". No texto, Tabet citou ainda o vídeo Reunião de emergência, que satiriza a presidente Dilma Rousseff. Tabet afirma que há espaço para críticas e sátiras a ambos os lados do espectro político.

Polêmicas à parte, o Porta dos Fundos prepara para junho o lançamento do primeiro longa-metragem original, Contrato vitalício. Em produção há mais de um ano, o filme contará com toda a equipe do Porta, incluindo Antonio Tabet, Luís Lobianco e João Vicente de Castro. Entre as participações especiais, destacam-se o cantor Compadre Washington e a dupla Alottoni e Azaghal, do site Jovem Nerd.



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