Moradia

Advogada voluntária pode pedir ainda hoje pela suspensão da desocupação do Holiday

Publicado em: 19/03/2019 10:43 | Atualizado em: 19/03/2019 11:37

Foto: Marcionila Teixeira/DP. (Foto: Marcionila Teixeira/DP.)
Foto: Marcionila Teixeira/DP. (Foto: Marcionila Teixeira/DP.)

Em reunião, esta manhã, na Cúria Metropolitana da Arquidiocese de Olinda e Recife para debater o caso do Edifício Holiday, em Boa Viagem, ficou decidido que dois engenheiros voluntários apresentam, ainda hoje, às 16h, um laudo atestando que o risco de incêndio no prédio já não é tão alto diante do desligamento da energia elétrica e da desocupação de cerca de 30% dos apartamentos. 

Eles defendem a suspensão da desocupação e a realização da reforma elétrica com os moradores ocupando os imóveis. Com base no laudo, uma advogada voluntária pretende ingressar , também hoje , com um agravo de instrumento junto à justiça para reverter a decisão de desocupação do Holiday até amanhã.

“Até o problema elétrico ser resolvido, é colocado um gerador para garantir a mobilidade pelo elevador e o funcionamento das bombas para abastecimento de água” , disse a advogada Maíza Amaral. A recuperação do sistema elétrico, diz ela, pode ser feita por andar.

O comandante do Corpo de Bombeiros, Manoel Cunha, disse, no entanto, que o risco de incêndio no nível quatro atestado pela corporação continua, mesmo com o desligamento da energia por parte da Celpe. Além disso, ele ressaltou a necessidade de outras intervenções no prédio para uma sensação mínima de segurança.

O prédio tem 3 mil moradores, 476 apartamentos , 17 andares e foi construído em 1956. Neste momento, uma audiência pública está acontecendo na Assembléia Legislativa para discutir o assunto. “Tem pessoas ameaçando se matar e até estão contra o próprio síndico. Tem morador que colocou cadeado e diz que não abre a grade e fica até o fim. Veja a simplicidade do pensamento dessa pessoa”, disse Geani Silva, representante dos moradores.

O juiz Luiz Rocha, da 7° Vara da Fazenda Pública, determinou a desocupação dos imóveis a partir de ação movida pela Prefeitura do Recife, que agiu com base em laudo do Corpo de Bombeiros. Essa é a segunda vez que a Prefeitura entra com ação semelhante relativa ao Holiday. A primeira foi em 2012, mas o processo está arquivado, segundo o comandante do Corpo de Bombeiros.
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