Saúde

Médicos-veterinários irão fiscalizar comércio de produtos de origem animal durante o carnaval

Publicado em: 27/02/2019 15:27 | Atualizado em: 27/02/2019 15:32

Crédito: Paulo Paiva/ DP

Médicos-veterinários das vigilâncias sanitárias (Visa) irão reforçar a fiscalização do comércio de produtos de origem animal durante o carnaval. O objetivo é prevenir a venda e o consumo de alimentos sem adequações sanitárias, que ofereçam riscos à saúde pública e transmitam doenças ou originem intoxicações alimentares, como a causada pela bactéria salmonella.

Para orientar vendedores e foliões nesse período de festa, os médicos-veterinários estão nas ruas realizando inspeções nos estabelecimentos fixos e orientando ambulantes das cidades que sediam as principais concentrações carnavalescas.

Confira as ações previstas para Recife/Olinda

O Galo da Madrugada costuma reunir mais de um milhão de pessoas nas ruas da capital de Pernambuco. A Vigilância Sanitária está capacitando os ambulantes cadastrados pela prefeitura para atuar durante o bloco.

A médica-veterinária Maria Elisa Almeida de Araújo, da Comissão de Responsabilidade Técnica do CFMV (Conret/CFMV), explica que, de 27 de fevereiro a 5 de março, haverá um estande em local estratégico, onde estarão equipes multidisciplinares que realizarão inspeções de alimentos em camarotes, trios elétricos e comércio informal.

Durante toda a festa do Galo da Madrugada, serão formadas barreiras sanitárias na cidade para apreender e inutilizar produtos clandestinos, evitando que cheguem ao consumidor. “Tudo para garantir alimentos seguros à população, em especial aos foliões, que nesse período vêm de todo o país e de fora também”, lembra Maria Elisa.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco (CRMV-PE), Marcelo Teixeira, nessa época aumenta o consumo de produtos de origem animal, como queijo de coalho, espetinhos de carne, frango e de salsichão. “O risco desses produtos serem clandestinos é muito grande. A conservação é fator importante e as condições de temperatura desses alimentos são sempre foco da fiscalização”, explica.

A orientação da médica-veterinária Maria Elisa é que os foliões consumam os alimentos ainda quentes. “A multiplicação microbiana depende do binômio tempo-temperatura, então, primeiro observem se os alimentos estão bem conservados, prefiram os que não ficaram expostos e tenham acabado de ser cozidos, fritos ou assados em altas temperaturas, pois tendem a sofrer menor contaminação”, explica.

Olinda

Os ambulantes que vão trabalhar nas ladeiras do Sítio Histórico durante o carnaval também estão sendo capacitados. Os inspetores explicam as formas de acondicionamento e manuseio dos alimentos e bebidas, que o local deve estar limpo e organizado e os produtos, devidamente armazenados e lacrados; indicam o tipo de gelo recomendado, com selo de garantia e dentro do prazo de validade. Ainda destacam que os manipuladores de alimentos precisam usar luvas, touca, roupas de cores claras e sem ornamentos.

A orientação dos médicos-veterinários da Secretaria de Saúde de Olinda é que os foliões não consumam alimentos e bebidas com procedência desconhecida, observando data de validade, aspecto dos produtos e higienização do ambiente comercializado.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL