Justiça

Acusados de matar professor Paulo Sperança vão a júri nesta quarta-feira

Viúva da vítima, Ana Zanforlin, a advogada Adriana Castro, além de Júlio Teixeira Neto serão julgados pela tentativa de homicídio ocorrida oito meses antes da morte do professor

Publicado em: 22/05/2018 15:00 | Atualizado em: 22/05/2018 13:19

Juiz Abner Apolinário conversa com familiares da vítima quando o júri foi adiado em março desse ano. Foto: Julio Jacobina/DP

Quase nove anos após o crime, vão a julgamento nesta quarta-feira os acusados de tentar matar o professor de odontologia da UPE e UFPE, Paulo Augusto Sperança. O júri acontece a partir das 9h, no Fórum Thomaz de Aquino, 4ª Vara do Tribunal do Júri, no bairro de Santo Antônio, no Recife. Sentam no banco dos réus, a viúva da vítima, a psicopedagoda Ana Terezinha Zanforlin Sperança e a advogada Adriana Lima de Castro, co-autora intelectual da tentativa de homicídio, além do acusado Júlio Alves Teixeira Neto. 
 
De acordo com o juiz Abner Apolinário, que vai acompanhar o júri, os réus estão respondendo pelo crime de tentativa de homicídio contra o professor, em dezembro de 2009. "Eles já foram condenados pelo crime de homicídio, que ocorreu em 7 agosto de 2010. Mas um dos réus, Ana Zanforlin, recorreu da sentença no Superior Tribunal de Justiça em Brasília", informou o magistrado. Ana e Adriana foram denunciadas por tentativa de homicídio e posteriormente por homicídio qualificado pela promotora de Justiça Rosemery Souto Maior de Almeida, do Ministério Público de Pernambuco. 

O odontólogo e professor Paulo Sperança foi assassinado a golpes de faca dentro da garagem da casa de Ana Terezinha Zanforlin Sperança no bairro dos Torrões, Zona Oeste do Recife.  A vítima foi assassinada dentro de seu carro. As investigações sobre o crime foram conduzidas pela delegada Silvana Lelys, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A delegada também deve comparecer ao júri, como testemunha, assim como o ex-companheiro da acusada, Ana Zanforlin, Júlio Alves Teixeira Neto. 

Adolfo Berto Soares e José Amaro Souza Filho foram considerados culpados pelo crime de homicídio duplamente qualificado. A defesa dos acusados informou que vai recorrer da condenação. Os dois cumprirão pena na Penitenciária Barreto Campelo. Segundo a Polícia, o crime foi planejado para que Ana Terezinha ficasse com o dinheiro do seguro de vida no valor de R$ 120 mil e uma pensão de R$ 15 mil. Adolfo Berto receberia como pagamento pelo crime uma casa e R$ 5 mil e José Amaro um som no valor de R$ 2 mil e uma aposentadoria.

Ana Tererezinha e Adriana, indiciadas como autoras intelectuais do crime, recorreram da decisão de irem a júri e por isso respondem ainda em liberdade. As duas também respondem pela tentativa de homicídio do professor em dezembro de 2009, no qual júri está marcado para esta quarta feira. Júlio Alves Teixeira Neto também participou dessa ação a mando das duas. O julgamento será aberto para toda a imprensa, portanto repórteres terão acesso à sala Desembargador Pedro Malta. 
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