Justiça

Motorista alcoolizado que causou acidente na Tamarineira poderá ir a júri popular

Colisão resultou na morte de três pessoas, incluindo uma gestante, e deixou outras duas gravemente feridas. Primeira audiência de instrução será no dia 7 de maio

Publicado em: 07/03/2018 08:49 | Atualizado em: 07/03/2018 08:58

Motorista alcoolizado que causou acidente na Tamarineira poderá ir a júri popular

O motorista responsável pelo grave acidente que resultou na morte de três pessoas, incluindo uma gestante, e deixou outras duas gravemente feridas, na Tamarineira, será levado à primeira audiência de instrução sobre o crime no dia 7 de maio deste ano. O universitário João Victor Ribeiro de Oliveira, de 26 anos, será convocado a prestar depoimento em sessão marcada para acontecer às 9h10, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, de acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A sessão poderá definir se o condutor irá a júri popular. 
De acordo com os trâmites judiciais, a primeira audiência de instrução é convocada para que tanto as testemunhas de defesa quanto as de acusação prestem depoimento em juízo. O mesmo vale para João Victor, que também poderá optar por permanecer em silêncio. Depois dessa etapa, defesa e acusação irão apresentar as argumentações finais, para que o juiz responsável sentencie ou não pelo júri popular. João Victor foi preso de forma preventiva em novembro do ano passado e teve, em janeiro deste ano, o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça. Ele foi autuado em flagrante por duplo homicídio e três lesões gravíssimas, com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), agravado após a morte cerebral de outra vítima. O universitário está no Centro de Observação de Triagem (Cotel).
 João Victor dirigia um Ford Fusion na noite do dia 26 de novembro de 2017, quando ultrapassou um sinal vermelho e colidiu com um Toyota RAV4, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata. Após o acidente, ele foi submetido ao teste de bafômetro, que identificou uma concentração de 1,03 ml de álcool por litro de sangue, três vezes mais que o permitido. O carro estava a 108 km/h, quando a velocidade máxima permitida no local é 60 km/h. O condutor possuía mais de 10 multas referentes ao avanço de sinal e dirigir em alta velocidade. 
No veículo atingido estavam o advogado trabalhista e contador Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, 46 anos, e a família. Com o impacto da batida, a advogada e servidora do Poder Judiciário Maria Emília Guimarães, 39 anos, e a babá Roseana Maria de Brito Souza, 23, que estava grávida de quatro meses, morreram na hora. Miguel, 4 anos, morreu no dia seguinte A filha dele, Marcela Guimarães Motta Silveira, 5 anos, permanece em tratamento.
 
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