Justiça

Adiado para 23 de maio júri popular do caso Sperança

Promotora estava sem voz. Estamos calmos e confiantes, disse a irmã do professor assassinado

Publicado em: 23/03/2018 11:10 | Atualizado em: 23/03/2018 19:35

Seis parentes da vítima vieram de Brasília e do Rio para acompanhar o júri, como a primeira esposa e os filhos
O julgamento de três dos cinco réus acusados de assassinar o professor e dentista Paulo Augusto Sperança estava marcado para esta sexta-feira pela manhã, mas terminou adiado para 23 de maio. O adiamento aconteceu porque a promotora Rosimary Souto Maior de Almeida estava sem voz. Seis familiares de Paulo vieram de Brasília e do Rio de Janeiro ao Recife para acompanhar o julgamento. Apesar da decepção, eles dizem se sentir esperançosos com um desfecho justo do caso. O julgamento é referente à tentativa de homicídio, ocorrida há nove anos. O assassinato aconteceu no ano seguinte, em 7 de agosto de 2010, e o julgamento desse crime está em recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Além dos dois filhos de Paulo, vieram ao Recife a primeira companheira, o neto, uma irmã e o cunhado. “Soubemos ontem, de última hora, do julgamento. Compramos passagens e reservamos hotel. Apesar de tristes, não ficamos com raiva, foi um imprevisto o que aconteceu. Pelo menos não foi uma manobra da defesa dos réus”, avaliou Fátima Sperança, irmã de Paulo.

Os réus chegaram a ir, nesta sexta-feira, para a Quarta Vara do Tribunal do Júri da Capital, no bairro de Santo Antônio, no Recife. Aguardam o julgamento em liberdade a ex-companheira do professor, a psicopedagoga Ana Terezinha Zanforlim; Julio Alves Teixeira Neto e a advogada Adriana Lima Castro de Santana. Para o julgamento, foram arroladas três testemunhas de acusação e cinco de defesa.

Última a ser presa, a advogada Adriana Lima Castro de Santana é acusada de planejar o assassinato do professor juntamente com Ana Terezinha Zanforlim. De acordo com as investigações, a esposa do professor receberia uma pensão no valor de R$ 15 mil e a quantia de R$ 120 mil por um seguro de vida em nome de Paulo Sperança. Os dois homens apontados como executores do homicídio, Adolfo Berto Soares e José Amaro de Souza Filho, foram condenados em 2012 a 18 anos de reclusão.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL