Despedida Enterro de bebê atingida por bala perdida será marcado por protesto Segundo familiares, um cortejo, como forma de protesto, está previsto para ocorrer na BR-101, no percurso para o cemitério

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 05/08/2017 10:44 Atualizado em: 05/08/2017 10:56

Foto: Nando Chiappetta/DP
Foto: Nando Chiappetta/DP

Vítima de uma bala perdida durante troca de tiros entre a Polícia Militar e traficantes na UR-10, Ibura, nesta sexta-feira (4), a menina Sthefanny Vitória da Silva, de apenas dois anos, será sepultada na manhã deste sábado (5), no cemitério da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. Segundo familiares, um cortejo, como forma de protesto, está previsto para ocorrer na BR-101, no percurso para o cemitério.

Na tarde desta sexta-feira, moradores, revoltados, bloquearam as faixas da rodovia no sentido Recife-Jaboatão dos Guararapes, na altura do posto Padre Cícero, das 15h às 17h. "É uma revolta muito grande que a gente sente. As ruas ficam sempre cheias de criança brincando e acontece isso. O tráfico, nos últimos meses, tem dominado o bairro e nos feito reféns", declarou um morador da UR-10 que não quis ser identificado.

Sthefanny foi atingida na cabeça, enquanto descansava no colo da tia, uma adolescente de 14 anos, em frente à casa de uma vizinha. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), Policiais militares do 19º Batalhão cumpriam um mandado de prisão no bairro quando traficantes reagiram disparando com arma de fogo. Os policiais chegaram a levar a menina para a Unidade de Pronto Atendimento de Lagoa Encantada, mas Sthefanny deu entrada sem vida, informou a assessoria de comunicação da UPA.

Três suspeitos foram presos: Moisés Cabral da Silva, Felipe Lopes Prado e Edson Souza de Araújo. Também foram apreendidas duas armas de fogo (uma calibre 38 e outra calibre 32), 28 munições, um quilo de maconha prensada em barra e 28 papelotes da droga. As armas dos policiais também foram apreendidas para realização de exames periciais. O caso será investigado pelo delegado Francisco Océlio, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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