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Geap Cabo e oficial da Polícia Militar reagiram a assalto em centro espírita Tiroteio deixou quatro pessoas mortas e outras quatro feridas. Um dos cinco suspeitos do crime está foragido

Publicado em: 24/07/2017 18:10 Atualizado em: 24/07/2017 18:25

Foto: Wagner Oliveira/DP
Foto: Wagner Oliveira/DP

A Polícia Civil de Pernambuco apresentou nesta segunda-feira a conclusão do inquérito que apurou o assalto ao Grupo Espírita Amor ao Próximo (Geap), no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. O crime, ocorrido por volta das 21h20 do dia 5 deste mês, terminou com o saldo de quatro pessoas mortas; uma professora e um policial militar que assistiam à palestra e dois suspeitos. Além de quatro pessoas feridas, entre elas um assaltante. De acordo com os delegados responsáveis pela investigação, cinco homens entraram no local, todos armados, e anunciaram o assalto. Diferentemente do que havia sido informado no dia do crime, não havia nenhum suspeito assistindo à palestra que era realizada no centro. Mais de 400 pessoas estavam no Geap no momento do assalto.

Os delegados Felipe Monteiro e Ian Campos explicaram toda a dinâmica do crime. “Dois assaltantes chegaram de moto e outros três de carro. Eles dizem que não sabiam que no local era um Centro Espírita, disseram que escolheram o alvo devido aos carros que estavam parados na frente. Eles renderam três pessoas que estavam na entrada e as fizeram de reféns. Assim que entraram com os reféns, anunciaram o assalto, começaram a recolher pertences e mandaram os homens levantarem as camisas. Foi nesse momento que houve o tiroteio entre os bandidos e um policial militar que participava da reunião”, contou o delegado Felipe Monteiro. Também diferentemente do que havia sido divulgado antes, o cabo da PM Alexandro Alves de Melo efetuou três disparos do seu revólver calibre 38.

Os policiais afirmaram não ter dúvidas de que os tiros que mataram o PM Alexandro e a professora Luisiana Barros Costa Nunes, 57 anos, partiram do revólver calibre 38 que estava com o suspeito Cleiton Fiorentino de Oliveira, 23, morto por um tiro disparado pelo cabo Alexandro. “Já o suspeito Felipe Lima Ferreira da Silva, 18, foi morto por um tiro da uma pistola .40, que era a arma de um oficial da PM que estava no prédio anexo ao Geap, doutrinando crianças”, explicou o delegado Ian Campos. Além dos dois suspeitos mortos, outro ficou ferido no dia do crime. Jeferson Gonçalo da Silva, 22, foi autuado em flagrante após dar entrada na UPA da Imbiribeira.

No dia 10, o quarto suspeito José Roberto Santos Alcântara, 22, procurou a polícia acompanhado do seu advogado para se entregar. A polícia estava com um mandado de prisão contra ele, que ficou preso. “Depois dos dois mortos e dos dois presos, chegamos ao quinto elemento. Istênio Lúcio da Silva, 20, também está com a prisão decretada e já é considerado foragido”, completou o delegado Felipe Monteiro. No momento em que os criminosos anunciaram o assalto, o psicólogo Liszt Rangel estava fazendo uma palestra no centro que fica na Rua Zenelindo Marafante. O carro usado pelos assaltantes foi encontrado na madrugada, logo após o assalto. “Esse grupo que assaltou o Geap era acostumado a realizar vários assaltos naquela localidade”, destacou Ian Campos.

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