Diario Urbano Cinquentinhas prensadas pelo Detran fariam fila duas vezes maior que a Conde da Boa Vista

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 16/06/2017 07:39 Atualizado em: 16/06/2017 08:02

Cinquentinhas prensadas pelo Detran fariam fila duas vezes maior que a  Conde da Boa Vista. Foto: Detran/ Divulgação
Cinquentinhas prensadas pelo Detran fariam fila duas vezes maior que a Conde da Boa Vista. Foto: Detran/ Divulgação
A quantidade de cinquentinhas apreendidas e a serem prensadas pelo Detran, em Pernambuco, seria suficiente para uma fila duas vezes maior do que a Avenida Conde da Boa Vista, no Centro. A extensão indica que a reciclagem, destino escolhido para os veículos pelo órgão de trânsito, limpa pátios e reduz riscos ambientais. E aponta para o freio, necessário, que se deu nas facilidades de se adquirir e guiar esses ciclomotores. Afinal, as cinquentinhas mudaram de objeto de desejo para algo possível para parcela pobre da população rapidamente, graças ao crescimento econômico do fim da década passada e começo desta. Mas a transição se deu sob regras de segurança no trânsito frouxas. Guiá-las sem habilitação até o ano passado era permitido, porém, se respeitado o bom senso, apenas por adultos. Na prática, o bom senso sumia. Adolescentes dirigiam em áreas urbanas e rurais. Adultos dispensavam capacetes. Em suma, portas para acidentes, somadas às fáceis compra e venda, e a maneira de encará-las tal qual bicicletas, quando deveriam, como corrigiu a legislação federal, ser fonte de perigo maior.

 

Canteiro perigoso
Ao seguirem os carros para fugir do alagamento ao lado do muro do Aeroporto do Recife, na Avenida Mascarenhas de Morais, motos se deram mal. Enquanto os automóveis, aos solavancos, venciam os buracos encobertos pela água do canteiro central, as motos se desequilibravam. E uma bateu em um carro.

Por lembrança
Para famílias da Rua Waldemar Lima, a manilha de concreto abandonada no meio da via reforça o sentimento de abandono pelo poder público. A manilha seria para uma obra de saneamento inacabada. Com o serviço, acreditam, a realidade mudaria. A rua ontem se tornou uma lagoa, com água de um canto a outro.

Década de espera
Morador da Rua Professora Eneida Rabelo, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, João Mendes Júnior resumiu a situação da via, onde mora há mais de dez anos, em “abandono” e “falta de respeito”. No ponto mais crítico da rua, ontem, a terra batida deu lugar a uma lagoa de 100 metros quadrados, no mínimo.

 

Placa no quadrado
Faz dias que a placa de táxi da Rua da Amizade, nas Graças, repousa sobre pedras de meio-fio. Isso por conta de serviços de uma companhia de gás. Por segurança, a área das pedras, na Avenida Rui Barbosa, foi cercada, o que não impedia da placa, com base de madeira, ter sido adequadamente armazenada.

Sujeitos à multa
De 15 carros abordados ontem na BR-232, em São Caetano, o Ipem identificou oito com documentos do cronotacógrafo, que mede velocidade e distância percorrida, fora da validade. Fica a dúvida: os condutores de veículos de carga, escolares e de passageiros acreditam na impunidade ou em fiscalizações esparsas?

Fora de ordem
Tem gente se perguntando por que, em datas recentes, agentes de trânsito motorizados se aproximaram da bagunça que é o tráfego perto de um colégio da Rua Franscisco Ambrósio de Barros Leite, no Bairro Novo, em Olinda, e deram as costas. O esperado seria colocar as coisas em ordem.

Aviso de negócio
O número de placas de vende-se e aluga-se recolhidas ontem, pela Secretaria de Mobilidade Urbana, no Espinheiro e Campo Grande, aponta uma batalha contra a poluição visual mais longa do que se imaginava. Foram 98. Desde 2008, Recife possui lei proibindo o uso dessas propagandas em postes, árvores e vias.



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