Conjunto residencial Caso Eldorado tem último julgamento nesta quinta-feira Famílias desabrigadas após interdição dos 14 blocos de prédios querem ser indenizadas pelo dano moral

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 22/06/2017 08:10 Atualizado em: 22/06/2017 08:51

Há quatro anos, 344 famílias tiveram que abandonar seus imóveis diante da suspeita de risco de desabamento dos 14 blocos do conglomerado, do tipo caixão. Foto: Blenda Souto Maior/DP/Arquivo
Há quatro anos, 344 famílias tiveram que abandonar seus imóveis diante da suspeita de risco de desabamento dos 14 blocos do conglomerado, do tipo caixão. Foto: Blenda Souto Maior/DP/Arquivo

Acontece nesta quinta-feira o último julgamento, em segunda instância (esfera estadual), do caso do Conjunto Residencial Eldorado, localizado no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife. A audiência está marcada para as 14h, no Tribunal de Justiça de Pernambuco, no bairro de Santo Antônio. Representantes de 74 das 244 famílias afetadas confirmaram participação na sessão.

Há quatro anos, no dia 24 de maio de 2013, essas pessoas tiveram que abandonar seus imóveis diante da suspeita de risco de desabamento dos 14 blocos do conglomerado, do tipo caixão. Um dos blocos de quatro pavimentos apresentou uma rachadura do topo até o térreo e o Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) apontou que os demais blocos poderiam apresentar o mesmo problema, motivando a evacuação imediata dos imóveis. O cojunto, construído em 1996, acabou sendo interditado e as famílias ficaram desabrigadas. Na época, a Defesa Civil atestou que os danos aos edifícios foram provocados devido à utilização de material de baixa qualidade na construção.

O processo em julgamento nesta quinta refere-se às 74 famílias representadas pelo Escritório Frutuoso Advocacia. No ano passado, todas já foram indenizadas por dano material, em primeiro grau, no valor de R$ 310 mil cada uma. A defesa resolveu recorrer para que elas sejam indenizadas também devido ao dano moral. A expectativa é de que a indenização chegue a cerca de R$ 23 milhões. As demais famílias ou preferiram não entrar na Justiça ou são representadas por outros advogados.

 

 



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL