Santa Isabel Uma noite para celebrar a liberdade e a cultura Em ato que lembrou abolição da escravatura, TRT levou ao Santa Isabel a Orquestra do Alto da Mina

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 16/05/2017 07:34 Atualizado em:

Com o violino em punho, o maestro Israel França caminhou pelo tapete vermelho do salão do Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife, tocando o Hino nacional. A apresentação abriu a cerimônia do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) para a entrega das comendas de celebração da abolição da escravatura. O maestro é também regente da Orquestra de Câmara Alto da Mina, um dos braços de um projeto sociocultural que usa a música como agente de transformação social de seus integrantes.
A Medalha Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, instituída em 1987, é um tributo ao pernambucano, conselheiro de estado no Brasil Império, que foi uma importante figura na abolição da escravatura, tendo participado da promulgação da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel.
Neste ano, 30 personalidades e três instituições foram contempladas pelo Poder Judiciário com a primeira comenda da medalha pelo serviços prestados à Justiça do Trabalho e à sociedade pernambucana, entre elas o maestro Israel França.
Também ontem, 29 nomes do quadro do TRT-PE, entre magistrados e servidores, receberam a segunda comenda da Medalha Juiz Eurico de Castro, em memória do juiz que presidiu o tribunal em quatro mandatos, a partir de 1946, quando o órgão passou a integrar o Poder Judiciário da União.
Os desembargadores Ivan Valença e Valdir Carvalho, presidente e vice-presidente do TRT-PE, respectivamente, além da desembargadora e corregedora Dione Furtado, receberam os convidados e homenageados para a entrega das medalhas.
Mas ficou para o fim o momento mais esperado. A Orquestra Alto da Mina, composta por crianças e adolescentes da comunidade olindense, subiu ao palco para sete números musicais. Formada por 23 integrantes, sendo 14 no coro e 19 nos instrumentos, os meninos e meninas tocaram Beethoven, Sebastian Bach e Villa Lobos,  deixando para o último ato a melodia Asa Branca, eternizada por Luiz Gonzaga.
“Esse trabalho é importantíssimo. Eu tive a oportunidade de aprender com a música em 1979. E agora eles também estão tendo essa mesma oportunidade”, ressaltou o maestro, natural de Peixinhos, em Olinda.

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