Polícia Quadrilha pode ter feito quatro vítimas de extorsão após roubo de celulares

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 19/05/2017 10:55 Atualizado em: 19/05/2017 15:26

Empresário de Boa Viagem começou a ser alvo de extorsão após ter o celular roubado na noite anterior. Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Empresário de Boa Viagem começou a ser alvo de extorsão após ter o celular roubado na noite anterior. Foto: Polícia Civil/ Divulgação
O Grupo de Operações Especias (GOE) da Polícia Civil de Pernambuco prendeu em flagrante dois homens e apreendeu um adolescente suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos de smartphones. Com o trio foram apreendidos quatro telefones celulares que estão sendo submetidos a perícia para identificar se são fruto de roubos.

Desta maneira, o grupo, formado ainda por mais dois suspeitos ainda não identificados, pode ter feito pelo menos quatro vítimas. O delegado Guilherme Caraciolo, titular do GOE, acredita que trata-se de uma nova modalidade de crime: "Eles são especialistas nisso: pegam o celular de vítimas que estão utilizando o aparelho no momento do roubo e, por isso, ele está desbloqueado e eles têm acesso a todos os dados da pessoa. A partir daí, começa a extorsão", explica o delegado que aponta o modelo iPhone da Apple como o preferido da quadrilha.

A polícia chegou ao trio depois de ser acionada por uma vítima, um empresário do bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. "No dia 17 pela manhã ele nos procurou e disse estar sendo vítima de extorsão após ter o celular roubado na noite anterior. O criminoso exigia R$ 700 para devolver o aparelho e fazia as ameaças através de uma rede social utilizando o próprio chip da vítima em outro celular. O orientamos a negociar e tentar diminuir o valor. Não houve acordo e ele decidiu pagar o valor sem nosso conhecimento e pegou o celular.  A partir daí, conseguimos identificar os responsáveis", detalha Caraciolo. As prisões foram feitas na mesma noite e com eles também foram encontrados o valor extorquido do empresário e uma máscara balaclava utilizada no assalto.

Primeiro, os investigadores chegaram até um homem que teria recebido o valor da extorsão e descobriram que ele seria outra vítima da quadrilha. "O levamos ao GOE, tomamos depoimento e descobrimos que ele estava sendo coagido pelos criminoso que moravam na mesma comunidade e, teria atuado nesta ação e em outras três vezes". O técnico em eletrônica também era obrigado a desbloquear o aparelho, quando necessário. Após as prisões, os outros dois suspeitos foram até a casa dele e coagiram a retirar a queixa. Como isso não pode ser feito, a dupla deu um prazo de 24 horas para ele abandonar a casa e o negócio que tem na localidade.



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