Volta
Militares do CMNE retornam de missão no Haiti
Homens e mulheres desembarcaram na Base Aérea do Recife. Antes de seguirem para casa, passarão três dias de quarentena
Publicado em: 17/05/2017 21:27 Atualizado em: 17/05/2017 22:23
Missão começou em novembro passado. Foto: Exército/Divulgação |
No total, 990 militares do Exército Brasileiro, Marinha e Força Aérea formam o 25º Contigente Brasileiro, a maior parte deles é de pernambucanos. O grupo embarcou para o Haiti a partir de novembro do ano passado. Antes da viagem, passaram por seis meses de treinamento para a missão de paz e ajuda à população local e reconstrução do terceiro maior país do Caribe e o mais pobre das Américas. O Haiti foi assolado por um furacão que deixou 877 mortos no dia 4 de outubro do ano passado. O Comando da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediado no Recife, foi o responsável pela formação e preparo de todos os militares.
Aos 24 anos, o tenente Victor Bonfim, que estava comandando um grupo de 26 militares, não escondia a alegria de voltar ao solo pernambucano. “Foi uma experiência muito boa para todos nós que tivemos oportunidade de participar da missão. Vivenciamos situações difíceis e estávamos em um país de cultura diferente da nossa, mas que também tinha muitas belezas naturais. Agora, o que mais quero é encontrar minha família”, contou o tenente que é casado e pai de um menino de 11 meses.
Essa é a quarta vez que as tropas nordestinas participam da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. O último contingente enviado, em 2011, desempenhou um importante papel na busca de um ambiente seguro no Haiti, um ano após o grande terremoto de 12 de janeiro de 2010. A previsão é de que em outubro deste ano as tropas brasileiras deixem de vez o Haiti. Os militares que estão no país agora são de estados do Sudeste. A Missão das Nações Unidas foi criada em 2004 e o Brasil sempre realizou o envio de tropas. Os militares brasileiros atuam em segurança e ação humanitária, contribuindo para melhorar as condições sociais e políticas do país.
Quem também estava feliz com a volta ao Brasil era a tenente e fisioterapeuta Dinamine Rodrigues, 33. “Foi uma experiência única e inesquecível. Passamos por muitas provações, mas crescemos profissionalmente e pessoalmente com essa missão. Isso vai refletir para o resto da minha vida. Vimos as dificuldades das pessoas e tentamos ajudar da melhor forma. A saúde é algo fundamental para aquele povo. Fizemos ações em orfanatos e em escolas. Agora, estou com muita vontade de reencontrar a minha família. Ficar longe dos meus parantes foi uma das partes mais duras da missão”, comentou Dinamine.
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