Protesto Justiça decide não acatar o pedido de prisão das lideranças sindicais da PM Decisão foi tomada por três votos a dois na noite desta quarta-feira

Publicado em: 22/02/2017 21:15 Atualizado em: 22/02/2017 22:11

A Justiça decidiu não aceitar a decretação do pedido de prisão preventiva para as lideranças do movimento dos policiais militares em Pernambuco. Os desembargadores votaram durante uma reunião do Conselho Especial de Justiça e, por três votos a dois, o pedido de decretação foi indeferido. Após a decisão, a II Marcha da Família Policial e Bombeiro Militar chegou ao fim após passeata e protesto em frente ao Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra.

O pedido para decretação de prisão preventiva foi feito em desfavor de Alberisson Carlos e Nadelson Leite, presidente e vice-presidente, respectivamente, da Associação de Cabos e Soldados, do tenente Vladimir Assis, da Associação dos Militares do Estado de Pernambuco, e do sargento Glaustony Wanderley Galvão. Eles são apontados como os líderes do movimento deflagrado pela corporação por melhores condições de trabalho, equiparação salarial com a Polícia Civil e também estão sendo responsabilizados por incitar a paralisação da categoria.

A ação criminal foi ajuizada pelo Ministério Público de Pernambuco, através da Promotoria de Justiça Criminal da Capital, no último dia 1º. O promotor Diego Pessoa Costa denuncia os militares pelos crimes do Código Penal Militar de motim, reunião ilícita, revolta, conspiração, calúnia, injúria e publicação ou crítica indevida.

II Marcha da Família Policial e Bombeiro Militar
Na tarde desta quarta-feira, esposas e maridos de policiais e bombeiros militares faziam um ato público na região central do Recife por melhores condições de trabalho e remuneração quando souberam da votação no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano. A mobilização pretendia seguir para o Palácio Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, mas mudou a rota e levou o protesto para frente do judiciário como forma de pressionar a Justiça em prol das lideranças do movimento. Aos gritos de "Fora Gioia", o secretário de Defesa Social de Pernambuco, eles tomaram a Avenida Agamenon Magalhães, um dos principais corredores de tráfego do Recife, pedindo a saída do secretário de Defesa Social de Pernambuco e denunciando a postura ditatorial do gestor e a falta de diálogo com a tropa.


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