Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 15/07/2016 13:29 Atualizado em: 15/07/2016 15:39
A Polícia Civil pede a colaboração da população para ajudar a localizar os dois homens suspeitos de matar o idoso Nilton José Dias, de 62 anos de idade, durante o assalto a uma farmácia situada em Aldeia, Camaragibe, na semana passada. A Polícia divulgou nesta sexta-feira o número (81) 3182-6034 para denúncias.
De acordo com a polícia, após o crime, os dois suspeitos, Odair José Justino, conhecido como Dadá, e Ivanildo de Sales, o Popaye, foram se esconder na Praia de Serrambi, litoral Sul de Pernambuco. De acordo com o delegado Ramon Teixeira, responsável pela investigações, a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) foi comprovada pelas imagens do circuito interno do estabelecimento que mostraram o idoso se escondendo com uma faca no momento do assalto. Os criminosos teriam se sentido ameaçados e assassindo o idoso no local.
Detalhes do caso foram divulgados esta manhã no auditório da sede operacional da Polícia Civil, no Recife. Na quarta-feira passada, policiais da 10ª Delegacia de Polícia de Homicídios, na Ilha de Itamaracá, prenderam Edmilson José da Silva, de 32 anos, suspeito de liderar uma quadrilha responsável por diversos roubos e homicídios na Região Metropolitana do Recife (RMR). Entre os crimes atribuídos ao grupo está o latrocínio do idoso.
Protesto - No domingo passado, a insegurança na região de Aldeia, em Camaragibe, levou cerca de 200 moradores a realizar um protesto. A concentração aconteceu às 9h e houve uma caminhada até a casa do prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre Soares da Silva (PSDB), para pressionar por melhorias na segurança, saúde e infraestrutura do bairro. Após cobranças da população para mais ações sociais que ajudassem a diminuir a violência, o político afirmou que não citaria quais ações já acontecem, "por medo de errar", mas que procuraria o governador Paulo Câmara (PSB) para repassar as reivindicações.
O tenente-corone Eduardo Amorim, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento em Aldeia, Chã de Cruz e Camaragibe, afirmou que há três guanições policiando as três áreas. A artesã Ciça Portela, que mora em Aldeia há 38 anos, aponta o crescimento desordenado da localidade como causadora dos problemas que o atingem atualmente. "A região cresceu muito, tem muitos condomínios, mas o Estado não acompanhou isso. Não é só a segurança, a saúde também está ruim e não temos nenhuma estrutura". A irmã do rapaz morto, Diva Dias, dona de casa de 58 anos, também estava no protesto. "Já morei em Aldeia, mas preferi me mudar para a sede do município. Meu irmão era um trabalhador e ia muito à farmácia porque comprava remédios para hérnia".
