#VamosEncontrarJulia
Gleide Ângelo assume investigação do caso de menina levada pelo pai
Família criou página no Facebook e conta no Instagram para ajudar a localizar criança
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 18/07/2016 11:08 Atualizado em: 18/07/2016 12:40
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| No dia 10 de julho, Janderson Rodrigo de Alencar, de 29 anos, levou a filha para uma visita e não mais a devolveu à mãe. Foto: Facebook/Reprodução |
Ficará a cargo da delegada Gleide Ângelo, da Delegacia de Olinda, o caso que investiga o desaparecimento da menina Júlia Cavalcanti Alencar, de apenas um ano e dez meses de vida. De acordo com a advogada da mãe da criança, Suelene Sá Almeida, o inquérito deve chegar às mãos de Gleide na tarde desta segunda-feira. Até então, o caso estava a cargo do delegado Ademir Oliveira, do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). Ainda segundo a advogada, a transferência acontece uma vez que a criança foi levada pelo pai da casa da família, localizada em Olinda. A delegada é conhecida por resolver casos de grande repercussão, como o desaparecimento da estudante Vaniela Varela e o do sequestro e assassinato de Maria Alice Seabra.
O desaparecimento completa oito dias nesta segunda-feira. No domingo, dia 10 de julho, o engenheiro Janderson Rodrigo de Alencar, de 29 anos, levou a filha para uma visita e não mais a devolveu à mãe, a servidora pública Cláudia Cavalcanti, de 42 anos. A advogada lembrou que, como ele não tem carteira de habilitação nem carro, a família acredita que ele precise da ajuda de outra pessoa na fuga e, por isso, espalhou fotos de Janderson e pediu à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que, durante as abordagens, solicite também os documentos dos passageiros dos veículos.
A família também criou uma conta no Instagram e uma página no Facebook, que já conta com cinco mil curtidas, para ajudar a localizar a criança também com ajuda da hastag #VamosEncontrarJulia. Quem tiver informações pode telefonar para os números (81) 99752-9191, 99977-2143 e 3184-3578. Suelene acrescentou que a família paterna não estaria unindo forças para localizar pai e filha. Segundo ela, avó paterna teria demonstrado preocupação, mas não teria tomado qualquer providência concreta até o momento. Na quinta-feira passada, a polícia divulgou que o engenheiro sacou R$ 400 mil em um banco no início do mês.
Bastante abalada, a mãe da criança conversou na manhã desta segunda-feira com a reportagem do Diario. "A gente nunca imagina que vai passar por isso. A gente vê a dor de outras mães e não tem noção do que é. Ela é uma menina doce e tímida. Trouxe amor e luz para toda a minha família. É enlouquecedor a dor de não saber nenhuma notícia. Não sei se ela está comendo, se está dormindo, se está bem. Ela está fora do convívio da família, isso é um ato de crueldade. Eu clamo a ele que se ele ama a filha, e está vendo ela sofrer, que ele não prive a filha do convívio com a mãe. Vivo na esperança de encontrar minha filha. Só tenho forças para isso. Sonho em ver de novo ela correndo pela casa, brincando de se esconder e arrastando sua boneca", declarou Claúdia Cavalcanti.
A mãe acrescentou que esta foi a segunda visita que o pai fez à filha depois de passar sete meses impedido pela Justiça de vê-la. Na primeira ocasião, teria cumprido o horário estabelecido pelo juiz, das 9h às 18h. Claudia, que tem a guarda provisória da menina, disse ainda que nunca impediu o contato de pai e filha e que nos quatro meses em que os três moraram juntos, Janderson sempre demostrou carinho e super proteção.
Com informações da repórter Thamires Oliveira
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