Diario Urbano Violência transforma sonho da casa de praia em pesadelo Arrombamentos em Tamandaré, São José da Coroa Grande e Ipojuca, levam proprietários imóveis a aumentar os muros e a instalar cercas elétricas nos imóveis

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 21/10/2015 07:07 Atualizado em:

Uma casa de praia está entre sonhos de quem planeja vida tranquila nas férias e na aposentadoria. É a clássica rede à sombra, tendo-se água de coco à disposição. Essa imagem, conquistada com sacrifício por milhares de famílias, está sendo desfeita no estado devido à violência. Arrombamentos de casas em Tamandaré, São José da Coroa Grande e Ipojuca, no Litoral Sul, levam proprietários de imóveis a aumentar os muros e a instalar cercas elétricas, como Francisco e Márcia Duarte. O último dos quatro arrombamentos aconteceu dias atrás. Na tentativa de evitar novos furtos, o casal colocou tijolos a mais no muro de 1,80 metro, que superou os dois metros, e rede energizada. O investimento, de cerca de R$ 3 mil, reduziu os riscos dos crimes, mas não os eliminou. Assaltos acontecem à luz do dia nos caminhos da padaria, do supermercado e da igreja. Uma vez sob a mira dos ladrões, que costumam agir em motos, raras são as pessoas a escapar dos furtos e dos roubos. Poucas as que informam os casos às delegacias, pois desacreditam na capacidade de esclarecimento dos crimes. Deixar de correr à polícia é resposta à fragilidade de uma segurança pública desprovida de viaturas e policiais suficientes para a demanda no litoral. Enquanto isso, o sonho da casa de praia vira pesadelo.

Água de cacimba


Em Ipojuca, a população da Praia de Serrambi está sem água. As famílias de melhor renda e veranistas perfuram poços artesianos, restando para as carentes esperar pelos carros-pipa ou andar quilômetros até cacimbas, dificuldade a ser debatida em audiência pública amanhã na Câmara Municipal.

Fogo nas margens

O fim do inverno trouxe esperanças de melhoria para os comerciantes da Ilha de Itamaracá e preocupação para os ambientalistas. Focos de incêndio aumentam bastante nessa época do ano, ameaçando, segundo Fernando Melo, reservas de Mata Atlântica próximas às margens da PE-35.

Era nascente…

No fim do mês de agosto e começo de setembro, a Rua Aureliano Artur Soares Quinta, no Janga, em Paulista, parecia a nascente de um riacho. A água limpa brotava no meio do calçamento, vindo de um cano subterrâneo estourado, escorrendo por boa parte do logradouro.

… E agora lixo
O vazamento acabou, mas ficou uma cratera no meio da rua. No início, isolaram a área com redes e cavaletes, o que desapareceu. E o lugar, sem qualquer placa de identificação de responsáveis pela obra, lembra mais um depósito de lixo do que uma das ruas movimentadas do Janga.

Medo de alagamento

A quantidade de construções na faixa de terra entre a Lagoa do Araçá, na Imbiribeira, e o Jiquiá assusta, principalmente os moradores da Estância. Casas estão sendo erguidas em trechos aterrados recentemente, podendo no futuro dificultar ainda mais o escoamento das águas.



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