Grande Recife VEM carregado pelo telefone celular Bilhete eletrônico que dá acesso ao transporte público da Região Metropolitana do Recife já pode ser recarregado pelo aplicativo Citta Mobi

Por: Rosália Vasconcelos

Publicado em: 13/10/2015 13:46 Atualizado em: 15/10/2015 14:53

 (Tânia Passos/DP/D.A Press)
Estudantes e usuários do cartão VEM, bilhete eletrônico que dá acesso ao transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR), já podem recarregar os cartões através do aplicativo de celular CittaMobi. O app mobile é utilizado por 751 mil pessoas na RMR, para serviços de localização de pontos de ônibus e informações sobre horários das linhas. A proposta do recurso é facilitar a vida de quem precisa recarregar os bilhetes eletrônicos, já que agora o estudante e usuário comum não precisa ir até os pontos de venda físicos para reabastecer de crédito.

Para quem recarregar no aplicativo CittaMobi, será cobrada uma taxa de R$ 1,50 pelo serviço de conveniência, e a operação tem que ser paga através de cartão de crédito. “Estamos trabalhando para que o usuário possa pagar com cartão de débito ou através de transferência bancária”, adiantou o superintendente de bilhetagem eletrônica do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), Pedro Luiz. Para ter acesso ao aplicativo Citta Mobi, a pessoa precisa ter um aparelho celular smartphone e internet.

Ele explica também que é preciso que o usuário recarregue pelo aplicativo até as 18h, para que os créditos entrem no outro dia pela manhã. “Esse recurso de abastecer o crédito do VEM Comum e do VEM Estudante facilita o recarregamento. Isso, inclusive, terá impacto nos recarregamentos nos pontos de varejo e nos postos de atendimento. Acredito que só quem precisar de crédito na hora ou não tiver smartphone, irá nos pontos físicos”, aposta Pedro Luiz.

Hoje, o único inconveniente do VEM Comum é que, em caso de perda ou roubo, só é possível a recuperação dos créditos se o usuário lembrar de anotar o número de identificação inscrito no cartão. O VEM Comum, funcionando desde dezembro de 2010, é destinado a quem não possui outras modalidades do bilhete eletrônico (VEM Estudante, VEM Trabalhador, VEM Livre Acesso) e prefere ter mais segurança para não andar com dinheiro.

“Futuramente, o VEM Comum será personalizado. Ou seja, o número de identificação do cartão será registrado para o CPF da pessoa. Isso vai facilitar a recuperação dos créditos nos casos de perda ou roubo”, adianta o superintendente de bilhetagem eletrônica do Urbana-PE. Sem o número de identificação do cartão, não há possibilidade de bloqueio.

Até ser implantado o recurso de recarregamento através do aplicativo CittaMobi, para colocar créditos no cartão, o usuário só podia abastecer nos pontos de atendimento físico: os terminais de autoatendimento, o posto do VEM na Rua da Soledade, no Expresso Cidadão do Parque de Exposição do Cordeiro e na rede do varejo, 487 pequenos pontos de venda espalhados pela RMR. Os créditos continuam com validade de 180 dias, para qualquer opção de recarregamento.

Ferramenta ajuda a localizar linhas

O CittaMobi é uma ferramenta mobile, contratada pelos empresários do Transporte Público, que auxilia no serviço de informações e localização das linhas de ônibus e dos pontos de parada. O recurso, no entanto, deveria ser de responsabilidade do Grande Recife Consórcio, que gerencia o sistema de transporte público da Região Metropolitana do Recife. O órgão possui o projeto da ferramenta de monitoramento, que deveria ter entrado em funcionamento antes da Copa. De acordo com o Grande Recife, o sistema está em fase de implantação dos dispositivos e deverá estar disponível para a população até o fim deste ano.

A empresa responsável será a Etra, que atualmente administra o sistema de ônibus de Bogotá, na Colômbia. O processo licitatório teve valor de R$ 40,2 milhões, a ser investido em cinco anos. “A ferramenta de monitoramento de frota lançada no passado foi suspensa devido ao descumprimento do prazo por parte da empresa vencedora da licitação. Mas o governo do estado não utilizou nenhum valor da verba destinada para a primeira licitação, porque o contrato foi rescindido. O investimento foi realizado na aquisição de telas de LCD, que serão utilizadas agora, quando da implantação do sistema”, justificou, em nota, o Grande Recife Consórcio.

Segundo o órgão, a ferramenta não é apenas um sistema de gestão de frota, mas um sistema de gestão de operação de transporte. “A ideia é que esse sistema possa planejar, otimizar, regulamentar e fiscalizar as 26 mil viagens realizadas pelos 3.000 ônibus que circulam na RMR”, disse o Grande Recife.



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